segunda-feira, setembro 29, 2008

Momento de Poesia

Perfídia do Amor
Quem pensa que há amor, está enganado,
Pura ilusão é esse pensamento;
Arrufos de amor são torres de vento
Que o mesmo vento afasta tal cuidado.

Acreditei no amor, fui enganado,
Porque em chão de areia é seu pavimento;
Neste mundo o amor nunca teve assento:
P’ra todos não passa de bem sonhado.

É cego para tudo e a todos cega,
Mas para o mal é muito cauteloso,
Faz sangrar o coração que se entrega.

Fujam todos deste monstro aleivoso,
Que fere quem dele muito se achega.
Quem mais longe for, será mais ditoso.


(Agostinho Alves Fardilha)
(Coimbra)

2 comentários:

Anónimo disse...

Lindo e verdadeiro.....só quem já amou e não foi correspondido compreende esta "Perfídia do Amor"

xinoca disse...

Lindo poema paizinho.....

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