quarta-feira, março 30, 2011

Sem Título




Apraz-me o silêncio
De hoje
Procurado
À beira-mar
Sózinha,
Impertubável,
Constante e
Definido
Nas linhas que te escrevo.

Paula Raposo


Foto minha

domingo, março 27, 2011

Momento de poesia com Agostinho Fardilha

Pedro Joaquim António Correia Garção
(1724 – 1772)
“ Nasceu em Lisboa em 1724.É a época do terramoto de 1755, em que o desconforto causado pela catástrofe, a ausência de espectáculos públicos e a transferência de muitas famílias para os arredores da cidade, foram a origem do furor das reuniões caseiras e das pequenas festas com chá, torradas, recitais, bailaricos e modinhas brasileiras.
O século XVIII é o século das Academias ou da clivagem entre os núcleos ou “capelas” literárias, cada uma delas com as suas concepções próprias, a sua maneira específica de encarar o fenómeno poético, mas irmanadas pelo eterno espírito de mesquinhez que, para sempre, passaria a caracterizar as diferentes tertúlias poéticas portuguesas, cada uma delas consciente da posse da verdade última sobre Arte.
Correia de Garção foi escolhido, em 1756, para presidente da Arcádia Lusitana.
Uma das coisas realmente positivas dos árcades foi a tentativa de acabar com a verborreia, cultista e conceptista, e substituí-la pela simplicidade possível ao uso de uma linguagem mais coloquial, o que redundou numa verdadeira reabilitação do real quotidiano.
Garção abre caminhos, que não pareciam muito viáveis à poesia que veio do barroco.
O esforço maior do Poeta orientou-se no sentido de cultivar os géneros greco-latinos, incluindo alguns que não existiam na língua portuguesa, como os ditirambos.
Sob o aspecto da imitação dos antigos, a obra mais célebre de Garção é a Cantata de Dido, moldada sob um passo do Livro IV da Eneida.
O que há de mais interessante neste Poeta consiste na combinação do horacionismo com a poesia quotidiana, que encontramos em alguns sonetos e principalmente nas epístolas.”

Lembremo-lo com 2 sonetos:
I-Amor Fatal
II-A luxúria e a vingança de Júpiter

Obs: a estrutura dos 6 versos finais de cada soneto é diferente, tão do agrado de Correia Garção.

I-Amor Fatal
Destruída Tróia, lá vai Eneias,
com pequena armada, sulcando as águas
do Mediterrâneo. Mas as fráguas
e os ventos atiram-na p’ras areias.

É Cartago e Dido está nas ameias.
No banquete, Cupido afasta as mágoas
e à sexualidade não dá tréguas:
a líbido encanta-os quais sereias.

Fugindo à tempestade, numa gruta
Tornam-se amantes. O amor ata os dois:
vivem de paixão loucos; porém Jove,

com Vénus e Juno, em longa disputa,
ordena que Eneias parta. Depois
Dido a morte busca e a todos comove.

Vocabulário:
Jove= Júpiter (do latim:I(J)upiter, I(J)ou(v)is)


II – A luxúria e a vingança de Júpiter

No Olimpo imperava a devassidão
e a sensualidade. E o maior
e frequente prevericador
era Júpiter, actor desta ficção.

Seduziu, com fortuna, este machão
deusas e humanas, alterando a cor.
Juno, a mulher, tinha-lhe rancor,
que medrou quando assistiu ao beijão

deixado na boca da filha Vénus.
Outrora quis, mas não enganou Dido.
E agora, com Eneias, muito menos.


Os fados, então, inventou o bandido,
arrojando um p’ra longe; outra, aos infernos.
Que fado p´ra ela e p’ro seu querido!

Vocabulário:
Cor = aparência
Fado= destino, sorte

Fotos:internet

Agostinho Alves Fardilha(o meu pai)
Coimbra

quinta-feira, março 24, 2011

Recordando Istambul/Turquia (Avenida Istiklal)

Esta avenida é uma das mais famosas e animadas de Istambul. É uma zona de lazer e comércio. Ao longo da avenida (cortada ao trânsito) apenas circula um eléctico, antigo ,recuperado.


Monumento a Ataturk (pai da Turquia)
Porta do liceu (séc XV)
Igreja de Santo António

Fotos minhas

segunda-feira, março 21, 2011

Dia Mundial da Poesia e da Árvore



Uma árvore, um amigo
Que devemos bem tratar
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar


Sabes que uma árvore é um pouco de beleza
que protege a natureza e purifica o nosso ar
Dá-nos a madeira e tanta coisa que fascina
A cortiça ou a resina, mais a fruta do pomar


Oh, vamos fazer uma floresta, vem
Plantar amigos, uma festa, vem
Tão rica e modesta, vamos semear


Uma árvore, um amigo
Que devemos bem tratar
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar


Sabes que uma árvore é o bem de toda a gente
Não lhe estragues o ambiente, não lhe sujes o lugar
Vamos, vamos, vamos defender a nossa vida
Que uma árvore esquecida pode às vezes ajudar


Sim, vamos fazer uma floresta, vem
Plantar amigos, uma festa, vem
Tão rica e modesta, vamos semear


Uma árvore, um amigo
Que devemos bem tratar
Um amigo de verdade
tão fiel como a amizade
que podemos cultivar



[Joel Branco]

Foto minha

Ela aí está!...a estação das flores.


Foto minha

sexta-feira, março 18, 2011

Um olhar


A dureza, a agressividade e a sumptuosidade da rocha contrasta com a beleza e harmonia dos seus tons coloridos que vão do sedante amarelo térreo ao viçoso verde, dando um toque de vida à paisagem agreste e rude.

Foto minha

quarta-feira, março 16, 2011

Um olhar


Mesmo num ambiente campestre elas conseguem enfeitá-lo com a sua simplicidade. São uma pincelada de cor e beleza naturais, alegrando o dia de quem por ali passa.

Fotos minhas

domingo, março 13, 2011

Um olhar



Vejo a sombra como um reflexo que contém um certo mistério. Esta é de um balão mas, tratando-se da de um ser humano, nela "repousaria" a sua história.

Foto minha

quinta-feira, março 10, 2011

Um olhar


O local ideal para um piquenique, para um encontro marcado com a natureza.

Foto minha

sábado, março 05, 2011

Um olhar


O contraste da calma do verde com a intensidade do vermelho, suavizando o rigor do Inverno.

Foto minha

quinta-feira, março 03, 2011

terça-feira, março 01, 2011

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha





Mais uma festa: São José, o Pai
adoptivo da Nova Humanidade;
riu-se,quando ouviu o primeiro “ai”
ç(s)aído da boquinha da Trindade,
o mistério que a todos atrai


Vocabulário

atrair= encantar


Agostinho Alves Fardilha ( o meu pai)
Coimbra

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