terça-feira, setembro 01, 2015

Sintonia entre olhar e poesia




Cansadas das ondas do marulhar,
duas gaivotas buscam a solidão
num parque ajardinado qual rincão,
para seus cuidados desabafar.

Se meu bando pudesse alimentar,
- disse uma- ficaria aqui. Tu, não?
Impossível.Outra é nossa condição.
Mas voltaremos para conversar.

A sombra do arvoredo as seduziu.
Os beijos mornos da tépida brisa
nas copas a Natureza consentiu.

Tanta beleza e paz as paralisa.
Acreditar? Só quem tudo isto viu!
Da ajuda do Homem Deus nem sempre precisa...


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
11-5-1926/ 23-4-2015

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