Perfídia do Amor
Quem pensa que há amor, está enganado,
Pura ilusão é esse pensamento;
Arrufos de amor são torres de vento
Que o mesmo vento afasta tal cuidado.
Acreditei no amor, fui enganado,
Porque em chão de areia é seu pavimento;
Neste mundo o amor nunca teve assento:
P’ra todos não passa de bem sonhado.
É cego para tudo e a todos cega,
Mas para o mal é muito cauteloso,
Faz sangrar o coração que se entrega.
Fujam todos deste monstro aleivoso,
Que fere quem dele muito se achega.
Quem mais longe for, será mais ditoso.
(Agostinho Alves Fardilha)
(Coimbra)
2 comentários:
Lindo e verdadeiro.....só quem já amou e não foi correspondido compreende esta "Perfídia do Amor"
Lindo poema paizinho.....
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