terça-feira, dezembro 09, 2008

A simbologia, a lenda e a história que envolvem o "Bolo-rei"


Simbologia

Por detrás do bolo-rei está uma simbologia com 2000 anos de existência. De uma forma muito resumida, pode dizer-se que esta doce iguaria representa os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento. Assim, a côdea simboliza o ouro; as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; o aroma do bolo assinala o incenso.

Lenda


Ainda na base do imaginário, também a fava tem a sua “explicação”. Reza a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o menino.Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava. O Rei Mago a quem calhasse a fatia de bolo contendo a fava, seria o primeiro a entregar o presente. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi Gaspar, Baltazar ou Belchior o feliz contemplado.

História


Historicamente falando, a versão é bem diferente. Os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava. Este costume terá tido origem num jogo de crianças, muito frequente, durante aquelas celebrações e que consistia em escolher entre si um rei, tirando-o à sorte com as favas.
Este inocente jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a fazer uso das favas para votar nas assembleias. Dado aquele jogo infantil ser característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica decidiu relacioná-lo com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro). Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, altura em que algumas famílias, nomeadamente em Espanha, procuram manter a tradição, não só comendo o bolo-rei como aproveitando a ocasião para distribuir os presentes pelas crianças.
Para além desta, havia uma outra tradição, da qual poucos terão conhecimento, que afirmava que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo-rei terá, aliás, surgido neste país, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida, mas, como bom negócio que era, os pasteleiros continuaram a confeccioná-lo sob o nome de” gâteau dês san- cullottes.”
Em Portugal, depois da proclamação da República, não chegou a ser proibido, mas andou lá perto. Com excepção desse mau período, a história do bolo-rei é uma história de sucesso.
Todas as pastelarias e confeitarias enchem-se de clientes para adquirir “ O Rei das iguarias”, nesta data festiva. Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu, em Lisboa, foi a Confeitaria Nacional, depois de 1869. No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890, pela Confeitaria Cascais.
(Fonte: Diário de Notícias online)
(Imagem:internet)

8 comentários:

Misterioso disse...

Bonito blog passe tb pelo meu.

Misterioso disse...

Fico feliz por gostares do que escrevo.
Sim sou eu o autor e obrigado pela visita.

mfc disse...

Afinal eu sabia quase nada sobre o Bolo Rei, a não ser saber comê-lo!

PreDatado disse...

Foi a ASAE quem proibiu a fava nos nossos bolos-rei?

Carla disse...

Eu sabia que ia editar uma qualquer lenda, história ou dado real sobre o Natal mas estava longe do bolo rei, amei. Bj

Carla disse...

É verdade foi o primeiro comentário que eu recebi no meu blog o que significa que se eu algum dia " for famosa" a minha boa amiga tem que estar na fila da frente comigo ih ih. O pior foi descobrir que afinal o blog tem um mes e dois dias deve ter sido quando coloquei o contador e tenho-me regulado pelo historial que aquilo fornece, que vergonha..vou já resolver essa gafe

Anónimo disse...

sinceramente é bolo que nao se aprecia ca em casa

Carla disse...

Se á amigo que eu adorava que levasse o selinho, esse amigo é concerteza a senhora. É engraçado como se estabelecem certas empatias mesmo sem as pessoas se conhecerem pessoalmente, eu adorava um dia ter a oportunidade de a conhecer, quem sabe....Não nomei as pessoas uma a uma porque fico sempre triste por deixar alguém para trás, já tive essa experiencia no space agora deixo sempre em aberto, mas tenho a certeza que as pessoas sabem quem eu gostaria de homenagear. Bj

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