terça-feira, abril 21, 2009

A Crise do Idealismo


Cada vez será menor a «elite» que os possui [valores],
perante o desvairo do nosso tempo em que a sede dos prazeres materiais e a dissolução dos costumes, apoiadas por uma organização industrial ad hoc, corromperam a riqueza e as suas fontes, o trabalho e as suas aplicações, a família e o seu valor social. Há no Mundo uma grande crise do idealismo, do espiritualismo de virtudes cívicas e morais, e não parece que sem eles possamos vencer as dificuldades do nosso tempo. Sem rectificarmos a série de valores com que lidamos - valores económicos e morais - , sem outro conceito diverso da civilização e do progresso humano, sem ao espírito ser dada primazia sobre a matéria e à moral sobre os instintos, a humanidade não curará os seus males e nem sequer tirará lucro do seu sofrimento.


António de Oliveira Salazar, in 'Entrevista ao Diário de Notícias (1936)'

6 comentários:

Carla disse...

Não são telas, chamam-se batikes, são feitos com panos impregnados numa cera e posteriormente queimados. Este é um desenho estilo batike. Um batike tem sempre uma história ou melhor uma lenda associada, isto o verdadeiro batike. Ficam muito bonitos numa parede com uma lampada , tipo luz de presença, atrás. Costumam-se emoldurar entre dois vidros sem moldura. Se calhar já sabia isto. Bj

wallper.lima disse...

A vida nos conduz a buscar caminhos que não sabemos
Aonde vai dar... tenho encontrado muitos blogs de
diferentes categorias, e várias formas de se expressar ...
uns me fascinam, outros nem tanto...mas entre idas e
vindas, estou aqui dando algumas pinceladas em seu
blog e achando muito bem elaborado, bastante
conteúdo, e tenho certeza absoluta que voltarei, outras
vezes...
Se desejar me visitar, estarei a sua espera.
Abraços e até lá.
Waleria Lima.

Zé Al disse...

Estamos tão desiludidos com o rumo que o nosso país leva que as palavras de um homem que governou o país com uma ditatura,nos leva a pensar nas suas divagações sobre o Idealismo!

Nilson Barcelli disse...

Dito pelo Salazar é uma blasfémia.
Foi um assassino.
Se o admiras, desiludiste-me.
Mas vou entender este post como uma provocação, para obrigar as pessoas a falarem...

O país está como está porque o povo é fraco (é dele que saem os governantes, os empresários e demais dirigentes que temos).
A minha opinião, no essencial, está no último post que publiquei.
Que já leste e comentaste...
Tal como esperámos o D. Sebastião, também ficamos à espera que o governo (os outros) resolva todos os problemas.
Mas queremos que os resolva com os outros, porque nós, professores ou outra classe profissional qualquer, estamos bem assim... os outros é que estão mal... mesmo que estejamos de baixa e saudáveis, na reforma com pouco mais de 50 anos e a poder trabalhar, etc., etc.

Beijos.

Just Me...S disse...

Concordo com o Ze Al.

Tenho uma curiosidade: foste professora de quê?

beijoca doce

peciscas disse...

Se a gente não soubesse quem foi o indivíduo que disse tais coisas e para que as disse, até abanaríamos a cabeça em sinal de concordância.
Mas a gente sabe que estes eram os fundamentos teóricos com ele teceu o colete de forças em que nos meteu durante tanto tempo.
Para "nos livrar" da dissolução dos costumes,para não nos corromperem, para não nos afastarem dos caminhos da virtude.
Por tudo isso, afastou Portugal da tenebrosa "organização industrial", mantendo o país num apagado e vil ruralismo agrícola, coisa que ainda hoje estamos a pagar caro.

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