Há uns anos, na cadeia de Paços de Ferreira, dizia-me o "capo" da máfia calabresa Emílio di Giovinni, condenado em Portugal a 16 anos de prisão e extraditado depois para Itália, onde apareceu morto na cela: "Portugal é um paraíso!". Referia-se, não à doçura do clima, mas à das leis penais e processuais penais que, manietando os tribunais, fazem hoje de Portugal, do mesmo modo que alguns países são destinos de turismo sexual, destino privilegiado de turismo criminal.
Ora porque não haveriam os criminosos e corruptos nacionais de usufruir também de tão aprazível e condescendente clima penal? O que se vai sabendo da recente operação "Face Oculta" dá uma ideia da quantidade de gente fina (empresários, políticos, gestores públicos…) que tem enriquecido à sombra da estranha (?) inacção de governos e AR no combate à corrupção. Todos os dias se conhecem novos braços do polvo: REN, REFER, CP, EDP, GALP, Estradas de Portugal, Carris, CTT, IDD, EMEF, Portos de Setúbal, Estaleiros de Viana, Lisnave, Portucel, autarquias… O país tresanda de alto a baixo; o problema é que uma barrela não interessa a ninguém.
António Pina
JN- 04/11/2009
Imagem:internet
Ora porque não haveriam os criminosos e corruptos nacionais de usufruir também de tão aprazível e condescendente clima penal? O que se vai sabendo da recente operação "Face Oculta" dá uma ideia da quantidade de gente fina (empresários, políticos, gestores públicos…) que tem enriquecido à sombra da estranha (?) inacção de governos e AR no combate à corrupção. Todos os dias se conhecem novos braços do polvo: REN, REFER, CP, EDP, GALP, Estradas de Portugal, Carris, CTT, IDD, EMEF, Portos de Setúbal, Estaleiros de Viana, Lisnave, Portucel, autarquias… O país tresanda de alto a baixo; o problema é que uma barrela não interessa a ninguém.
António Pina
JN- 04/11/2009
Imagem:internet
Subscrevo
10 comentários:
Olá Elisa, por isso é que a gente às vezes não entende determinadas coisas...
Beijinhos
Quando estávamos próximos do final do ano de 1999 e a darmos o salto para 2000, as pessoas (nós)sentiam "um calafrio" recordando o que os nossos pais e nossos avós diziam:
«Aos 2000 chegarás e aos 2000 não passarás».
Já lá vamos em 2009 a caminho de 2010,e a vida continua.
Continua como???
Continuamos com "calafrios", pois a vida não é nada sorridente.
Também nós sentimos para nosso bem de que a Esperança é a última coisa a perder.
Porém, a situação do nosso pequenino e encantador país está pelas costuras.
Este artigo tão real, quanto os meus dedos da mão « tresanda de alto a baixo; o problema é que uma barrela não interessa a ninguém. »
Com o agir dos homens sem qualquer dignidade perante os outros homens,
o que nos resta?
Desesperar? Quantos já estão desesperados?
Cruzar os braços? Quantos já o fazem ,pois lutaram mas foram"condenados"?!
Rezar? Quantos não o farão , pois a fé é na verdade o único tentáculo que nos agarra à vida?!
Duvidar? Quantos duvidam perante as promessas que não se vêem cumpridas e nem sequer se falam nelas?!
Morrer? Quantos são aqueles vivos , mas mortos sem qualquer gosto pela vida , pois estão a perder a sua dignidade , os seus bens ?!
Chorar?Quantos não choram diariamente pois o dinheiro não chega para sustentar a família?!
Subscrevo na íntegra este artigo de António Pina.
Resta-nos uma alternativa à qual ninguém tem poder sobre ela:
Implorar a Nossa Senhora que toque o coração dos governantes para que sejam sensíveis e trabalhem para o Bem Comum.
Olá mais uma vez.
Obrigada Elisa pelos parabéns.
Beijinhos e um resto de bom dia
Ainda não tinhalido o artigo de António Pina,mas vem mesmo a propósito do que escrevi no blog e estou inteiramente de acordo com o anónimo ,espero que me visite e que deixe de ser anónimo e mais um que comente os nossos blogs!
Bjs de Zé Al
Olá Elisa
partece que tu e o Zé combinaram sobre o post.
Beijocas
Ana
Ninguém é inocente em pensar que a corrupção só existe agora em democracia.
Não... ela sempre existiu, mesmo quando Portugal era governado pelos "homens sérios" que a abafavam em nome do bom nome do Estado!
Não está tudo bem, mas ao menos ela "agora" existe e os seus agentes sentam-se no banco dos réus.
Olá Elisa! Todo este problema nos custa a suportar,porque nós não vimos dessa maneira,mas esta gente está assim habituada,mas antes já havia casos destes,o que ficavam era abafados.
Beijinhos
Lisa
Também subscrevo.
Beijos.
Olá!
Subscrevo inteiramente!
Não sei como é que estes "senhores" conseguem pousar, à noite, a cabeça na almofada!
Bj
Mena
Muito triste, porque muito verdadeiro!
Bjs
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