domingo, maio 30, 2010
Recordando...
Habitou em casa dos meus bisavós paternos. Hoje descansa na da minha filha.
Olhando-o, imagino-me num salão de tempos há muito idos.
Foto minha
sexta-feira, maio 28, 2010
Momento de Poesia com Paula Raposo
A espuma esta
Esta é a espuma
que me envolve
me liberta
me aconselha
do lado de cá
enquanto te espero
e a noite logo chega
ou no entanto
sempre se desfaz
é esta a espuma dos sentidos.
Paula Raposo
Foto minha
quarta-feira, maio 26, 2010
Estive aqui! Mais uma experiência!
segunda-feira, maio 24, 2010
Momento de Poesia com Agostinho Fardilha
Frei Agostinho da Cruz
(1540 – 1619)
Era irmão de Diogo Bernardes. Nasceu em Ponte da Barca. Aos 20 anos de idade tomou o hábito de capuchinho (Ordem de S. Francisco), ingressando no Convento da Arrábida.
No século, o seu nome era Agostinho Pimenta.
“ Foi o grande poeta da Arrábida, um dos primeiros (se não o primeiro) a considerar a Natureza como objecto. Os seus temas são a “saudade” do Céu e a evocação da Cruz”.
Vamos lembrá-lo com este
Soneto
Na mocidade cego foi o meu estro.
Das margens do Lima e sua verdura
me despedi. Pode existir ventura,
estando eu, inquieto, em sequestro?
Queimei os versos e com Deus palestro
agora. Vivo em Serra agreste e dura;
aqui abrirei minha sepultura.
Com as aves e fontes p’ra Deus orquestro!
Quando me lembro da vida d’enganos
d’outrora, os olhos na Cruz logo ponho.
Digo-Lhe que na Cruz o Amor nasceu.
Mereço castigo por tantos danos,
mas viver no Céu é ainda um sonho.
Esquecei, Senhor, o desvairo meu.
Vocabulário
Desvairo= desvario
Obs: respeitei a estrutura de sonetos do Poeta: (ABBA abba CDE cde)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
Foto:internet
sábado, maio 22, 2010
Faz hoje 86 anos
Charles Aznavour é um dos mais populares cantores de França.
Da sua vasta discografia destaco esta.
Dancei-a tannnnnnnto!
Dancei-a tannnnnnnto!
sexta-feira, maio 21, 2010
Um olhar (costela de Adão)
Prefiro vê-las nos jardins do que em vasos. Embelezam qualquer destes espaços.
Originária do México, mas vulgarizada em todo o mundo. A sua flor é aromática e os seus frutos comestíveis.O seu sabor é um misto de ananás, manga e banana.
Fotos: Zé Fardilha
quarta-feira, maio 19, 2010
segunda-feira, maio 17, 2010
Momento de Poesia com Agostinho Fardilha
Diogo Bernardes
(1530 (?) – 1605)
É conhecido pelo “poeta do Lima”, em cujas margens nasceu e passou grande parte da sua vida.
“Exceptuando Camões, Diogo Bernardes é talvez, do ponto de vista formal, o cume mais alto atingido, em Portugal, pelos padrões estilísticos italianos”.
Recordemo-lo com este
Ó límpidas e frescas águas do Lima,
ó verdes prados, onde vacas e bois
se deleitam. Vós testemunhas sois
dos meus cuidados e da profunda estima
pelo nobre D. João, que Deus tem.
Amava o povo e no seu coração
queria que o filho Sebastião
dilatasse o Império mais além.
Com Rei estive em Alcácer – Quibir.
Ele morreu e eu, em cativeiro
doloroso, fiquei por quatro anos.
São lembranças para sempre carpir…
Mas no meu túmulo ponham o letreiro:
“ a intolerância é fonte de danos”.
Obs: respeitei a estrutura de sonetos do Poeta:
(abba cddc EFG e fg)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
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