quarta-feira, julho 21, 2010

Lendo Pablo Neruda



Saudade



Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...


Saudade é amar um passado que ainda não passou,


é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...


Saudade é sentir que existe o que não existe mais...


Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...


Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.


E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.


O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda
Foto: internet (quadro do pintor Vladimir)

13 comentários:

Anónimo disse...

Saudade nem sempre é sofrimento...

Abraço.

Adelaide Mesquita disse...

Gostei do quadro que escolheste para ilustrares o poema.
E concordo com o comentário acima. Saudade nem sempre é sofrimento, mas também não adianta ter saudade de nada.Só vivo no presente,procuro não ficar no passado e nem antecipar o futuro. Não é fácil, mas até agora tenho-me dado bem.
Já viste as horas a que estou a comentar? Não tenho sono,mas também não me apetece tomar nenhum comprimido para dormir, senão já sei que não vou fazer nada de geito durante o dia. Prefiro andar a bocejar...eheheheheh
Beijinhos

Jaime disse...

Pablo Neruda gostaria certamente de Mário Cesariny:

Tu estás em mim como eu estive no berço
como a árvore sob a sua crosta
como o navio no fundo do mar

Savi disse...

Olá Elisa
è verdade nem sempre a saudade é dsentimento de tristeza,eu tenho saudades de momentos muito felizes em minha vida.
É lindo este poema assim como o quadro escolhido.
Beijinhos com desejos de um dia faliz.
Savi

Rosa Goncalves disse...

Olá querida amiga

vim te dar um abração de amiga!
lindo trabalho adorei,

mil beijos

Anónimo disse...

Vivi uma passagem como essa,inesquecível, quase morri de saudades.
Parabéns,eu adoreiiiiiiiiiiiiii.
Obrigado pelo carinho do seu comentário.
Beijokas.

Just Me...S disse...

Amiga, não te preocupes! O meu não é do blogger, por isso é que vou ter problemas. :((

Beijoca doce

mfc disse...

Experimenta este... é dolorosamente lindo!

http://www.youtube.com/watch?v=NuTVWQN5Roc

Agulheta disse...

Amiga Elisa.Colocando a conversa em dia nos blogs! Ao ler Pablo Neruda,perdemos o norte perante as palavras que ele escreve,amor e sempre o amor.
Beijinho e obrigada pela partilha.

Lídia Borges disse...

Maravilhoso, Pablo Neruda!

Este poema é de uma beleza e de um saber admiráveis.

Um beijo

Anónimo disse...

Monamiga

Tenho, entre uns quantos livros na minha biblioteca, uma primeira edição do Confieso que he vivido, da editora Seix Barral, Barcelona, 1974. Uma senhora autobiografia de um Senhor Homem, ainda que póstuma. Bem gostava de ter a obra autografada, Pablo Neruda, mas... a vida é assim.

Muito obrigado por me teres dado o Poeta; a mim e a todos os que te visitam. Neruda é, apenas, Neruda. E chega. Eu sou mais prosa, mas Poesia com caixa alta é... Poesia.

Se quiseres dar-me o prazer de ir até ao meu covil, poderas ver uns textículos, com x, que podem vir a ser um novo livreco. E de ali deixares cumentários com o, o que me desvaneceria.

Qjs = queijinhos = beijinhos

Paula Raposo disse...

Concordo!!
Beijos

olharbiju disse...

SEMPRE... palavras ditas com tanto sentido.
Grande escritor e poeta
Obrigada Elisa, por partilhar coisas tão lindas.
Bjnhosssssssssssss
alice

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