Júlio César o nome te deu, uma morte covarde o abateu; lavra e rega o lavrador ocupa, havendo, porém, folga na labuta: os festejos do agrado do plebeu.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai) Coimbra
13 comentários:
Anónimo
disse...
Vim espreitar e deparei com este belo acróstico no meu mês e dia de anos.
Pois! É meio chato termos adoptado o calendário romano... cheio de mitologias... como país de lavoura o nosso calendário deveria ser o hebraico pois no médio oriente é muito usado para a agricultura! Acho que seria bem mais útil para nós mas enfim...
oi Mlisa Acrósticos me lembram a escola as primeiras investidas pra poetar. Nem sempre dão resultados satisfatórios rrs seu pai é um exemplo que deu certo.Parabéns
«Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI, que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres e companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo,mas que não sejam mundanos.»
Sr. Dr. Agostinho Fardilha permita-me que lhe diga que "ouviu" a grande mensagem de João Paulo II.
O mal de todos nós é pensarmos que para sermos santos é necessário algo de extraordinário, de sublime.
Quando nos entregamos aos outros, estamos a ser solidários. Estamos a distribuir felicidade.
Uma das suas formas de estar no mundo é escrevendo e partilhando. Este seu gesto é de bondade.
Em relação ao acróstico mensal ao qual já nos habituou, mais uma vez nos conduz a um momento de paragem. Paragem essa que quase não é feita, pois , hoje, todos nos queixamos que « não temos tempo para nada.»
É sempre um grande desafio para mim comentá-lo. Como já dizia Ricardo Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa) «procuro dizer o que sinto. Sem pensar em que o sinto.»
Neste acróstico temos uma visão objectiva da natureza humana. Nascemos e morremos. A Vida e a Morte.
Interessante que o nosso poeta começa pela «morte» e não pela vida. Pois a morte não é apenas uma passagem para uma nova vida?
Os dois primeiros versos,
«Júlio César o nome te deu, uma morte cobarte o abateu;»
A morte "cobarte" o abateu é dum realismo duro. A morte que "nenhum santo" poderá praticar.
Com estes dois versos temos a primeira parte bem diferenciada da segunda.
A FIDALGUIA
César foi um Imperador de Roma. No entanto a supremacia da sua classe não o impediu que tivesse uma " pobre e terrível morte.
Na morte não há distinções de classes sociais!
O POVO
Os três últimos versos pertencem a esta classe, que apesar de ser pobre, "não deixa de ser rica".
A ruralidade narrada com marca de sensacionismo.
«... «lavra» e «rega» o lavrador ocupa».
O poeta "elogia" a vida rústica fazendo-nos sentir a felicidade
«havendo, porém, folga na labuta: os festejos do agrado do plebeu.»
É de realçar a utilização do Gerúndio, uma forma verbal bem preferida pelo autor que nos dá uma ideia de continuidade nos trabalhos do campo. O lavrador sabe utilizar o tempo: «trabalha e diverte-se.
As pessoas simples sabem aproveitar os momentos da vida. Como o tempo é irreversível viva-se com alegria e não se desperdice nenhum momento.
A linguagem desta segunda parte é simples directa e natural. O povo é assim mesmo. Não é "artificial". É ele mesmo.Não procura disfarces.
Senti-me feliz ao fazer esta leitura e reflexão.
Às vezes o"medo" se apodera do nosso espírito, mas
«Só se deve temer o próprio medo» ( diz a lenda ... que são palavras de César)
O meu muito obrigada pela partilha sabedora. Parabéns, mais uma vez.
Realmente o teu Pai tem muito jeito. Este mês de Julho é um dos meses por excelência de festas cá pelas nossas terriolas. Dá-lhe os meus parabéns! Beijinhos
13 comentários:
Vim espreitar e deparei com este belo acróstico no meu mês e dia de anos.
Bjs.
boa tarde,td bem?
mais um lindo momento;)
fica bem,jinhos***
Pois! É meio chato termos adoptado o calendário romano... cheio de mitologias... como país de lavoura o nosso calendário deveria ser o hebraico pois no médio oriente é muito usado para a agricultura! Acho que seria bem mais útil para nós mas enfim...
Bjs
Lindo mmomento!
Bjs
Muito curiosa esta estrutura de poesia.
Bjs
Mona Lisa querida
Lindo momento !
Os vínculos nascidos do amor são
formidáveis, infinitamente profundos, além do sangue.
Beijos
Fátima Guerra
oi Mlisa
Acrósticos me lembram a escola as primeiras investidas pra poetar.
Nem sempre dão resultados satisfatórios rrs
seu pai é um exemplo que deu certo.Parabéns
abraços amiga
Optimo, adorei.
Jhs
a tradição ainda é o que era, muito bom.
Sua Santidade João Paulo II dizia:
«Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI,
que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres e companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo,mas que não sejam mundanos.»
Sr. Dr. Agostinho Fardilha permita-me que lhe diga que "ouviu"
a grande mensagem de João Paulo II.
O mal de todos nós é pensarmos que para sermos santos é necessário algo de extraordinário, de sublime.
Quando nos entregamos aos outros, estamos a ser solidários. Estamos a distribuir felicidade.
Uma das suas formas de estar no mundo é escrevendo e partilhando.
Este seu gesto é de bondade.
Em relação ao acróstico mensal ao qual já nos habituou, mais uma vez nos conduz a um momento de paragem.
Paragem essa que quase não é feita, pois , hoje, todos nos queixamos que « não temos tempo para nada.»
É sempre um grande desafio para mim comentá-lo.
Como já dizia Ricardo Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa) «procuro dizer o que sinto. Sem pensar em que o sinto.»
Neste acróstico temos uma visão objectiva da natureza humana.
Nascemos e morremos.
A Vida e a Morte.
Interessante que o nosso poeta começa pela «morte» e não pela vida.
Pois a morte não é apenas uma passagem para uma nova vida?
Os dois primeiros versos,
«Júlio César o nome te deu,
uma morte cobarte o abateu;»
A morte "cobarte" o abateu é dum realismo duro.
A morte que "nenhum santo" poderá praticar.
Com estes dois versos temos a primeira parte bem diferenciada da segunda.
A FIDALGUIA
César foi um Imperador de Roma.
No entanto a supremacia da sua classe não o impediu que tivesse uma " pobre e terrível morte.
Na morte não há distinções de classes sociais!
O POVO
Os três últimos versos pertencem a esta classe, que apesar de ser pobre, "não deixa de ser rica".
A ruralidade narrada com marca de sensacionismo.
«... «lavra» e «rega» o lavrador ocupa».
O poeta "elogia" a vida rústica fazendo-nos sentir a felicidade
«havendo, porém, folga na labuta:
os festejos do agrado do plebeu.»
É de realçar a utilização do Gerúndio, uma forma verbal bem preferida pelo autor que nos dá uma ideia de continuidade nos trabalhos do campo.
O lavrador sabe utilizar o tempo:
«trabalha e diverte-se.
As pessoas simples sabem aproveitar os momentos da vida.
Como o tempo é irreversível viva-se com alegria e não se desperdice nenhum momento.
A linguagem desta segunda parte é simples directa e natural.
O povo é assim mesmo. Não é "artificial". É ele mesmo.Não procura disfarces.
Senti-me feliz ao fazer esta leitura e reflexão.
Às vezes o"medo" se apodera do nosso espírito, mas
«Só se deve temer o próprio medo»
( diz a lenda ... que são palavras de César)
O meu muito obrigada pela partilha sabedora.
Parabéns, mais uma vez.
Parabéns para ti, Elisa e também o meu obrigada.
Beijinhos.
Um acróstico...perfeito! Linda herança a do teu Pai!
Beijo e bom fds
Graça
Venho desejar-te um bom fim de semana
Bjs
Graça
Realmente o teu Pai tem muito jeito.
Este mês de Julho é um dos meses por excelência de festas cá pelas nossas
terriolas.
Dá-lhe os meus parabéns!
Beijinhos
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