© Elisa Fardilha
A pobreza diminuiu?
Transformou-se em prosperidade?
Ou p'ra arredores escorraçada?
Julgo que ela não restringiu
e até a sua liberdade
ficou, aos poucos, afectada.
Com espaços mais reduzidos
mal ou bem todos se alojaram.
Descrentes de nova expressão,
vivem os dias sem ruídos,
entregues ao que mais desejaram:
trabalho e p'ros seus, afeição.
De um lado, às vezes errados amores,
d'outro é normal sincero afecto;
na parte urbana, há luzes e festas,
nos casebres, apagam os ardores,
fruto de um dia bem completo
de trabalho e livre de sestas.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
20 comentários:
A pobreza não diminuiu. Parece que se espalha cada vez mais e vemos que os mais necessitados dão um jeito como podem! beijos,tudo de bom,chica
A pobreza escondida é aquela que mais prolifera por este mundo de progresso... Progresso da desgraça, isso sim!
Não percebi o porque do meu comentário surgir como anónimo. Peço desculpa!
Bom dia
Um poema lindo, e bem realista.
Foto dos nossos tempos.
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Nem precisava do texto, fiquei chocada só com a imagem!
bjxxx
Ao longos destes últimos anos, tenho a certeza que a pobreza não diminuiu. Antes pelo contrário.
Ela está até mais à vista.
Mas também é certo que já não somos um povo que trabalha arduamente, como éramos antigamente.
Hoje em dia existe a cultura do "subsídio" e do fazer nenhum, porque trabalhar faz calos.
É mais fácil receber um cheque de subsidio, mesmo que ele seja de pouco valor, do que ir trabalhar e receber o mesmo.
E depois temos os casos que vão surgindo e os que ainda devem andar escondidos, como o BES, BPN... Onde quem rouba acaba sempre inocentado.
A pobreza está nitidamente a aumentar, Lisa.
Uma tristeza.
Beijinhos
Os ricos ficando mais ricos e os pobres mais pobres,mLisa
A poesia do Sr.Agostinho retrata bem essa diferença em todas as áreas.
E a imagem é a testemunha visual mais clara _por aqui há milhares assim.
Infelizmente.
E a vida segue... e nós sitiados diante de uma situação que não temos controle,
abraços amiga ,também ao seu pai .
Uma foto que é o retrato da dura realidade que vivemos. Uns muito pobres e vivendo em condições desumanas e outros cada vez mais ricos que se fogem descaradamente às suas responsabilidades como cidadãos.
Seu pai, como sempre, deixou-nos um poema bem a propósito.
Beijos Elisa
Boa tarde querida, a pobreza cada vez aumenta mais, e falta de humanidade de amor ao próximo é o que mais tem hj em dia!
beijinhos
sem dúvida que a pobreza não diminuiu... e é importante mostrar essa realidade. É importante ter consciência das dificuldades que existem neste pais, para podermos tentar resolver... caso contrario a situação agrava-se.
bem retratado.
A pobreza não diminuiu, está é cada vez mais envergonhada.
Belo o poema do teu pai, a enquadrar mais uma foto excepcional. Como é hábito por aqui...
Beijinhos
PS: Em resposta ao teu comentário no Onthe rocks:
Não, não é a fachada do BES, é mesmo um dos torreões do Terreiro do Paço!
Pobreza nunca deveria ser sinônimo de sujeira.
Mas para o povo pobre daqui, é.
Bom dia, querida Elisa!
Já em casa mando um beijinho e um abraço ao poeta e à fotografa.
Dois excelentes olhares.
Não sei qual deles o melhor, se a tua foto ou o poema do teu pai.
Em qualquer caso são artes diferentes e dificilmente comparáveis. Sei que gostei imenso de ambos.
Lisa, tem um bom fim de semana.
Beijo.
.°º。✿⊱
Em todas as épocas a pobreza nunca deu trégua... está mais escancarada hoje... a poesia é muito bonita a pesar do tema ser tão triste.
Bom fim de semana!
Beijinhos.
.°º。✿✿◠
A pobreza não tem diminuído, infelizmente. São cada vez mais os que precisam de ajuda. É triste, sem dúvida.
Beijinhos,
Bom fim-de-semana
A imagem e as palavras a traduzirem muito bem uma triste realidade
beijinho
Uma imagem que valeria por mil palavras mas o poeta alerta de modo inteligente para o problema!
Adorei! Bj
Um olhar que o teu pai tão bem captou na sua poesia sentida.
Bela e muito bem ilustrada com a tua fotografia.
Beijinhos
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