Dois jovens, a cuja porta bateu
desemprego, um foi para a gricultura
de courelas d'outrem, de terra dura,
ela p'ra lavar roupa já acedeu.
Mãos à obra: nenhum esnoreceu.
Não vimos de barões de envergadura,
do peito lusitano, da bravura?
Mas há quem outro destino escolheu...
Vê-se estendal p'ra roupa bem secar?
Há improviso. Carece o dinheiro.
limpas as grades, elas estão mesmo a calhar.
Nos ferros o colorido dá ao terreiro
brilho para a Natureza alegrar.
Eis como o Amor foi um bom conselheiro.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
20 comentários:
Como sempre e para iniciar bem um novo mês, vem um belo poema do teu pai.
Acho que a foto está bem interessante, gosto da roupa a secar, mas sobretudo da paisagem envolvente.
Bom feriado
Beijinhos Elisa
Um olhar que gosto de fotografar e que está maravilhoso,
Já fiz um belo momento poético!
Bj
Que lindo olhar e poesia do teu paiu1 Obrigadão pelo carinho lá! bjs, chica
Uma bela sintonia minha amiga e muito boa a poesia do pai.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Belo demais
Fez-me recuar uns bons anos:-)
Amei
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Lindo esses clics do cotidiano.
Vc está melhor?
Gostei.
Um abraço e bom feriado.
Tanta gente nova aprisionada, Lisa! E, nesta poesia linda do teu pai está uma prova de que, tendo chegado o desemprego, o melhor é libertar os sonhos e agarrar o que aparecer; ficar preso ao passado, ao que se tinha, não traz pão para a boca; e" arregaçar as mangas " e começar de novo. O pior é quando não aparece esse novo começo!!!
Gostei muito, como sempre, amiga. Essas roupas ao sol fizeram- me voltar ao passado; era assim que a minha mãe secava as roupas quando eu era criança, roupas lavadas no tanque onde a água, no Inverno era autêntico gelo. Beijinhos, Lisa e espero que já estejas totalmente recuperada
Emilia
O estendal improvisado está muito bem alinhado... :)
Tão lindo e tão terno poema! Apetece dizer que o amor tudo vence. :)
Mais uma doce recordação do paizinho, no início do último mês do ano. Como o tempo voa! :(
Beijinho, Lisa, uma boa noite!
Adorei a foto!
Para estender a roupa, basta existir um local solarengo. O resto é totalmente secundário, desde que a roupa não fique a roçar na terra.
E seja como for, quem estendeu esta roupa fez um bom trabalho. Não limitou-se a colocar a roupa nos gradeamentos, também a prendeu com molas da roupa. Ou seja, foi um trabalho totalmente bem pensado e com técnica avançada. A roupa foi estendida por um(a) profissional na matéria.
:-) :-P
Infelizmente uma realidade dos nossos dias... que vai batendo à porta de tanta gente... testando a firmeza dos laços afectivos...
Adorei o poema que a traduziu brilhantemente em palavras... e a imagem, que não poderia estar mais adequada!...
Beijinhos, Elisa! Bom fim de semana!
Ana
O seu Agostinho nos encantando com sua bela obra. Retrato de uma triste realidade que se espalha por todos os continentes.
Bjos
Tenha uma ótimo fim de semana.
Um soneto lindo que adorei. Em tempo de guerra não se limpam armas e na falta do estendal as grades dão jeito mesmo. Lisa, tenha uma boa semana e beijos com carinho
Mas que lindo esse hino ao empreendedorismo.
Saudades do nosso poeta.
Beijinhos
✿゚ه° ·.
Muito lindo! O amor é sempre bom conselheiro em quaisquer situação!...
A fotografia é mais do que linda, é artística!!!
Bom fim de semana!
Beijinhos.
💕ه° ·.
Gosto da fotografia e a poesia do seu pai é sempre bem vinda.
Beijo amigo.
Boa noite Elisa,
Um poema magnífico de seu pai que a sua feliz foto tão bem emoldura.
Um beijinho.
Ailime
Gostei da ordem e cor na fotografia e gostei muito do poema.
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