segunda-feira, maio 30, 2011

sábado, maio 28, 2011

Passaram-se 114 anos, mas continua actual



Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com orelhas é capaz de sacudir as moscas...

Guerra Junqueiro, in Pátria (1896)

Imagem:internet

quarta-feira, maio 25, 2011

Um olhar




Um castelo...história e património de um povo, outrora espaço defensivo e residencial.
Hoje, olhando-o, vejo também o seu lado romântico e lendário, imaginando as histórias ocultas que as suas muralhas encerram.


Foto minha (castelo de Fougéres /Bretanha)

domingo, maio 22, 2011

Um olhar


Qual calçada íngreme assim é hoje o dia a dia de grande parte da população deste país.

Foto minha

quinta-feira, maio 19, 2011

Um olhar


Prazenteiros, brotam da terra os legumes. Apreensivos, olham para quem os observa. Morrem no silêncio de uma panela, saciando com seus sabores o apetite de quem os aprecia.

Foto minha

segunda-feira, maio 16, 2011

Momento de poesia com Agostinho Fardilha

António Dinis da Cruz e Silva
(1731 – 1799)

“Nascido em Lisboa, de família humilde, consegue, mesmo assim, as protecções que lhe permitiram seguir estudos secundários no Oratório e cursar a Universidade de Coimbra. A experiência da Lusa Atenas constitui-se, também, em traumatismo para este notável satírico. Mas é este um dos momentos culminantes de ataque ao fradismo mental dos lentes.
Em 1764 encontramo-lo como juiz auditor em Elvas. O “Hissope” é a obra-prima de Cruz e Silva. Ele baseia-se num assunto trivial: a disputa entre o Deão da Sé de Elvas e o Bispo. Quando este visitava a Sé, era costume ser recebido pelo Deão, que lhe fazia a entrega do hissope para as aspersões rituais. Certo dia, o Deão recusa-se a cumprir com esta praxe. E das querelas daí derivadas nasce a matéria para o “Hissope”. Neste poema o que está em questão é todo um mundo ainda eivado de feudalismo, em plena época das Luzes.
O “Hissope” cristaliza a crítica iluminista ao alto clero da terra. É uma sátira social.”

Relembremo-lo com um pequeno poema satírico e humorístico, mas respeitando (excepto na rima e na métrica) a sua intencionalidade e personificação de imagens abstractas (alegorias).





O Turíbulo
I
Pr’as bandas, onde a bela Aurora o Sol beija,
um recanto era, chamado Quimeras:
diferentes costumes e muita Inveja,
todos discutiam por Bagatelas:
a Excelência, da Senhoria,
mesmo de falsa geneologia,
se afastava: então medrava a Discórdia.
A Lisonja tinha agora bom pasto,
à Depêndencia perdeu-se o rasto.

II

No rincão viviam um sábio Arcipreste,
mui versado na “Summa” Teológica,
tudo contestando oposto ao Celeste;
a moda do francês, pr’ele, era alógica;
o Sacristão, devotado tomista,
de hábitos de antigo seminarista,
e o Acólito, de mente brilhante,
que assimilou o ensino de Descartes,
mas espalhou o Ódio em várias partes.

III

Ira e Afronta mal-estar geraram
entre o Acólito e o Sacristão:
ambos o Turíbulo cobiçaram
e queriam segurá-lo na mão,
quando o Predendado lhe punha o incenso.
Um citava a Tradição e o bom senso;
o outro considerava isso trapaça.
Um,  direito medievo invocava;
p’ra o outro, iluminismo tudo inovava.


IV

Ao Clérigo levaram a pendência.
Ambos alegaram os seus argumentos:
p’ra Acólito, Escolástica, falência;
p’r outro, Tomismo, o melhor dos alimentos.
O Arcipestre, douto e prudente, assim
decidiu: algum de Vós viu o fim
da Impaciência e de outras fúrias?
Acalmem-se e reine sempre a Paz.
Alternem o serviço e isso me apraz.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

Fotos:internet

sexta-feira, maio 13, 2011

Recordando a Mesquita Azul em Istambul/Turquia

A Mesquita Azul ou Mesquita do Sultão Ahmed construída no séc.XVII na antiga cidade de Byzantium é a maior mesquita de Istambul e famosa pelos seus seis minaretes. Deve o seu nome à cor azul e verde predominante nos azulejos das paredes e da cúpula.


Mesquita Azul


Porta do átrio interior


Cúpula da Mesquita (átrio interior)


Alguns pormenores do interior da mesquita







Fotos  minhas

terça-feira, maio 10, 2011

Um olhar



" Uma só gota de água tem a mesma solenidade que a cascata inteira."

(autor desconhcido)

Foto minha

sábado, maio 07, 2011

Noite de Lua Cheia


(…)A noite é nua na noite de lua cheia
O céu flutua na noite de lua cheia
O amor actua na noite de lua cheia
Ocupa a rua na noite de lua cheia(…)

Gilberto Gil

Foto minha

quarta-feira, maio 04, 2011

Um olhar



" Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento."

Érico Veríssimo

Foto minha

domingo, maio 01, 2011

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha





Mas que tem de especial este mês?
ainda perguntam? É nossa senhora,
informando simples crianças três:
o mundo vai ser castigado agora.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

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