sexta-feira, junho 29, 2012

quarta-feira, junho 27, 2012

Um olhar




Foto minha



É Verão.
Lá ao longe surge o Sol brilhante.
A brisa tépida vem saudar Astro Rei.
Todos os seres vivos aclamam o chefe grei:
A Natureza inerte expectante:
árvores curvam-se, as flores a desabrochar;
As águas espreguiçam e o céu fica azul.
Ao fim da tarde, uma sombra de Norte a Sul,
é um prenúncio de tudo ir repousar.
O Sol, ainda prenhe de muita energia,
e a sua pálida noiva, a Lua, traindo,
vai "pôr-se" na imensidão das águas, sorrindo,
e dizendo que o mesmo fará no outro dia.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

sábado, junho 23, 2012

Um olhar


Foto minha

                   I

Sou uma árvore diferente?
Trago uma outra roupagem?
Mas o corpo não está doente,
teve boa adubagem.

              II

A igualdade é mera rotina
e não chama a atenção
até o rapazio traquina
me fez linda canção.

               III

Todavia engana-se quem pensa
que a diferença ter
da natureza qualquer ofensa,
para defeito haver.

        IV

Pois vos digo,
meus caros Leitores,
com a maior destreza,
que afirmam todos os nossos doutores
dif 'rença ter beleza.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

segunda-feira, junho 18, 2012

Um olhar


Foto minha

Sentada numa esplanada à beira -  mar saboreio o envolvente paladar do café, deixando-me embalar pela maré acarinhada pela brisa suave, entregando-me ao sonho e devaneio.

sábado, junho 16, 2012

Momento de poesia com Agostinho Fardilha


Alexandre Herculano

(1810 – 1877)



“ Nado e criado em plena derrocada do velho Portugal, Herculano, em contraste com Garrett, formou-se inteiramente dentro do Romantismo.

Poeta, romancista, historiador, ensaísta e polemista,Herculano é, sem dúvida, a par de Garrett, a grande figura fundadora do Romantismo em Portugal.

No que diz respeito especificamente à sua obra poética, Herculano exprime, desde os primeiros versos, o paralelismo temático religião- pátria como profissão de fé do poeta romântico, integrando-o na sua visão liberal da sociedade. Note-se ainda um outro aspecto da sua obra poética: a oposição cidade/campo.

Quanto à versificação, predominam, em Herculano, a estrofe em verso branco, segundo a tradição arcádica, e a quadra, sobretudo em redondilha. Pode considerar-se romântica a diversidade métrica dos seus poemas longos”.



Vamos tentar render homenagem a este “Grande Homem de Letras”, através das composições poéticas que se seguem.



A Harpa do Crente
(colectânea de poesias)

Com que alegria dedilho a minha Harpa,
saudando a rósea Aurora nascente,
que ao Sol abre as portas até ao poente,
tudo despertando do vale à escarpa.

Animava os banquetes, sendo a carpa
raro petisco para rica gente;
no povo também estava presente,
se o pescador voltava e o barco arpa.

Sou crente e com Harpa louvo esse Deus
que ofereceu ao Homem a Natureza,
cujas fronteiras são a Terra e os Céus.

Por todo o lado e em tudo, eis Beleza!
Dela ornemos as nossas Almas, quais véus,
não vá Ele aparecer de surpeza.

Vocabulário
arpar ou arpear = ferrar (lançar ferro)


O Bom Pescador

Por guia as estrelas
lá vais para o mar
a vida ganhar,
ó bom Pescador.

Preocupações
abafas cantando;
o mar ondulando
não te dá temor.

Tua voz c’o a brisa
amainam as águas,
esquecem-se as mágoas
e à noite dão cor.

Acordas os peixes:
fogem para as redes,
que não têm paredes
p’ra lhes dar alvor.

És muito feliz.
não queres o mal
a nenhum mortal.
É lei do senhor.

O mar está bravo?
Pensas na família.
Ficas de vigília
e vai-se o pavor.

Nã caces o miúdo
peixe. Tubarão
mata. Ele é ladrão,
Do dolo fautor.

Vi-te no sermão
do bondoso António.
Rugia o demónio,
ouvindo o Doutor.

Pescador, sê bom:
mata a fome ao pobre.
Levarás no dobre
todo o nosso amor.


A Cruz Mutilada

Quem te feriu, ó Cruz do meu Senhor?
Estás ensanguentada.
Quando Te vejo na Igreja ou ermitério,
tristeza é ampliada.
Venero-Te em qualquer lugar que estejas:
na campa do defunto,
nas festividades que pedem insenso,
nos préstitos em conjunto
com floridos andores e muitas bandeiras.
E, de noite, o luar
descobre-Te no meio dos ciprestes:
não resisto a chorar,
porque Te amo, ó Cruz por nós mutilada.
Mas também és o tecto
da morada de conhecida vítima
de alguém não descoberto.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

segunda-feira, junho 11, 2012

sábado, junho 09, 2012

Um olhar


Foto minha

Que prazer será aspirar a maresia,
cavaquear em rochedo sobranceiro,
mesmo não sendo abundante a pescaria!
Mas nunca sejas cova de marinheiro.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

quinta-feira, junho 07, 2012

Um olhar


Foto minha

Vêm aí os Santos Populares, transmitindo alegria. Há fogueiras , cantares e danças.

segunda-feira, junho 04, 2012

Pelos caminhos de Portugal...

Praticamente esquecido no tempo e quase perdido no espaço, situado na Serra d'Arga, esconde-se o mosteiro beneditino de S.João d'Arga, construído nos finais do séc. XIII, dedicado a S.João Baptista.

Actualmente a capela (já renovada) apenas se abre aos peregrinos nos dias de festa.



















sexta-feira, junho 01, 2012

Momento de poesia com Agostinho Fardilha



( Reis nascidos neste mês)


João, és conhecido por “ o Piedoso”,
um Tribunal, porém, criaste tenebroso;
no teu reinado, José I, tiveste
homem decisivo e a servir-te mui preste:
o terramoto fez Pombal ser corajoso.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

Imagem:internet

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