domingo, fevereiro 01, 2015

Sintonia entre olhar e poesia




Nos reinos naturais há desconcerto,
mas o animal os outros suplanta:
sua beleza sempre nos encanta;
a elegância completa o asserto.

Jóias e vestuário são concerto
de rosto lindo e o corpo agiganta.
A docilidade às vezes espanta
e à petulância serve de aperto.

As aves no reino animal estão.
Quem vestiu este cisne tão garboso?
Formosura das penas Salomão

cobiçou. E das flores o trajo airoso?
E agora surge o dilema: estarão 
os humanos em degrau mais honroso?


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

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