Nos reinos naturais há desconcerto,
mas o animal os outros suplanta:
sua beleza sempre nos encanta;
a elegância completa o asserto.
Jóias e vestuário são concerto
de rosto lindo e o corpo agiganta.
A docilidade às vezes espanta
e à petulância serve de aperto.
As aves no reino animal estão.
Quem vestiu este cisne tão garboso?
Formosura das penas Salomão
cobiçou. E das flores o trajo airoso?
E agora surge o dilema: estarão
os humanos em degrau mais honroso?
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra