segunda-feira, novembro 30, 2009

Fernando Pessoa morreu há 174 anos

Recordo-o, transcrevendo esta frase de que gosto.


“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Fernando Pessoa
Imagem:internet

sexta-feira, novembro 27, 2009

Um olhar

A cidade vestiu-se de cor e luz para receber o Natal.







Fotos minhas

Desafio

A Chris desafiou-me a responder ao “jogo do conhecimento”.



Aqui fica:


1 - Quatro filmes que assisto, sempre que passam:

Gosto imenso de cinema, embora já tenha visto mais.

- A Escolha de Sofia

- A Vida é Bela

- As palavras que nunca te direi

- O Pianista

2 - Quatro lugares onde já morei:

-Nasci em Cortegaça (vivi lá 2 anos).

-Macau( tenho poucas recordações).

-Luanda (os melhores anos/eterna saudade).

-Coimbra (recordações inesquecíveis).

Gostava de voltar a morar junto ao mar (sinto a sua falta).

3 - Quatro programas de televisão que gosto de ver:

Vejo pouca televisão.

-Telejornais

-O Eixo do Mal

-Plano Inclinado (recentemente)

-Alguns programas de música e dança

4 - Quatro pessoas que me mandam e-mails regularmente:

-Joana Louçã

-Isabel Louçã

-Teresa Fardilha

-Waléria Lima

5 - Quatro coisas que faço todos os dias (s/falta):

Coloquei mais uma

- Tomar café

-Ler o jornal

- Sentar-me e pensar (não dispenso estes momentos)

-Navegar na net (um vício)

-Telefonar à minha filha e meus pais

6 - Quatro comidas favoritas:

-Peixe grelhado

-Arroz de polvo

-Frutos tropicais

-Bolo de chocolate

7 - Quatro lugares que gostaria de ir (ou estar):


Gostaria de estar...

-Voltar a Veneza

-Índia

-Tibete

-Patagónia


Não querendo estragar o jogo,passo-o a todos os amigos da blogosfera.
Espero que aceitem!

quinta-feira, novembro 26, 2009

A 26 de Novembro de 2006 morreu Mário Cesáriny, escritor e pintor português


De entre a sua vasta obra poética destaco um poema que gosto.


Poema

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco


Foto:internet

Miminho "Protector"

Este miminho, muito especial, veio daqui.
Obrigada ,Ana!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Nasceu há 164 anos


A minha singela homenagem a Eça de Queirós, um dos mais importantes escritores portugueses.

Aprecio os seus textos políticos que continuam actuais.

Política de Interesse

Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.

Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)
Foto:internet

segunda-feira, novembro 23, 2009

Momento de Poesia


Novembro

Há pétalas a celebrarem sozinhas
a linguagem do amor
o cheiro da terra molhada
quando sobre o jardim cai Novembro
a humidade que nos abraça
o lusco-fusco precoce da mudança da hora
o crepúsculo já frio da tarde
pede o calor da lareira um interior
que aconchegue e sorva
o sabor do chá então servido.

todo o tempo do mundo pode parar
assim que alguém lho peça
mas o maior motivo sabemo-lo
não tem hora marcada nasce cresce mata
sempre que menos se espera
já tive dias horas meses assim
suspenso na vida pelo coração
a maior das ilusões todos os desenganos
mas não importa que interessa
não os trocava por nada

e o que as pétalas desse jardim ensinam
não vem nos livros tem séculos
é um cheiro a suavidade de um toque
tudo o que não falaremos
os movimentos da memória das vidas
o cor de que são pintadas
o a diferença de tom em todas as flores
o beleza eterna de cada
como uma dávida é isso
sim é isso
o que fica por dizer.

Pedro Strecht

Foto: Anazus (Suzana Fardilha)

sábado, novembro 21, 2009

Um olhar...um rever: rio Ave

Passa por aqui.
É água! É vida!
Transmite-me paz, liberdade!
Corre como o destino!









Fotos minhas

quinta-feira, novembro 19, 2009

terça-feira, novembro 17, 2009

Parabéns ,José Saramago!



O romancista, poeta e dramaturgo português faz hoje 87 anos.

Aprecio as suas citações sempre oportunas.
Destaco esta:

“Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa."


(José Saramago)
Tema:Governo

segunda-feira, novembro 16, 2009

Para recordar o Dia Nacional do Mar

Fui bailar no meu batel

Além do mar cruel

E o mar bramindo

Diz que eu fui roubar

A luz sem par

Do teu olhar tão lindo


Vem saber se o mar terá razão

Vem cá ver bailar meu coração


Se eu bailar no meu batel

Não vou ao mar cruel


E nem lhe digo aonde eu fui cantar

Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo


Vem saber se o mar terá razão

Vem cá ver bailar meu coração


Se eu bailar no meu batel

Não vou ao mar cruel

E nem lhe digo aonde eu fui cantar

Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

sábado, novembro 14, 2009

Um olhar...um rever

Viajando por Marrocos revi-os.


Saboreei-os em Angola e no Funchal. Por cá nunca os vi.


A piteira(figos da piteira) ou tabaibeira(tabaibos) produz frutos suculentos e refrescantes.
Comidos frescos são uma delícia.

São difíceis de apanhar e descascar, pois têm espinhos.










Fotos minhas

sexta-feira, novembro 13, 2009

Li e gostei



" Na vida, existem momentos em que você sente tanto a falta de alguém, que somente realizaria seus sonhos envolvendo esse alguém em seus braços."


Foto minha

quinta-feira, novembro 12, 2009

Um olhar

O Outono em todo o seu esplendor!

Quem não gostaria de, no Outono da sua vida, identificar-se com a cor da árvore.




Foto minha

quarta-feira, novembro 11, 2009

Dossier de Recordações/ Dia de S. Martinho

Folheei-o de novo e tirei de lá estas fotografias de um magusto com os meus alunos(2000).
A primeira, da fogueira simbólica, pois as castanhas eram assadas numa padaria. As outras, de dois dos jogos tradicionais que nesse dia se faziam.








terça-feira, novembro 10, 2009

Momento de Poesia com Paula Raposa


Emoção


Uma carícia
um olhar
e um simples despertar
da emoção.

O gesto meigo
um beijo
e o forte desejo
de voltar.

Um dolente afago
um carinho
é o sol, o mar
e o eterno Amor
ao alcance
de um sonho.




Paula Raposo

Foto minha

segunda-feira, novembro 09, 2009

Um olhar




Verdadeiro néctar dos deuses, fruto eleito desde a antiguidade.

Enfim, já em tempos idos se dizia:
"In vini veritas" (É no vinho que existe a verdade)





Fotos minhas

domingo, novembro 08, 2009

sábado, novembro 07, 2009

Li e gostei



“O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos”.

Foto:internet

sexta-feira, novembro 06, 2009

Sabedoria Popular

Alguns


de Novembro

Dos santos ao Natal, Inverno natural.

Em Novembro, prova o vinho e planta o cebolinho.


Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.


Tudo em Novembro guardado; em casa ou arrecadado.


Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.



Outubro lavrar, Novembro semear, Dezembro nascer.



Cava fundo em Novembro, para plantares em Janeiro.



Se queres pasmar teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo São Martinho.



No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.



Pelo São Martinho, mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Um país que tresanda


Há uns anos, na cadeia de Paços de Ferreira, dizia-me o "capo" da máfia calabresa Emílio di Giovinni, condenado em Portugal a 16 anos de prisão e extraditado depois para Itália, onde apareceu morto na cela: "Portugal é um paraíso!". Referia-se, não à doçura do clima, mas à das leis penais e processuais penais que, manietando os tribunais, fazem hoje de Portugal, do mesmo modo que alguns países são destinos de turismo sexual, destino privilegiado de turismo criminal.

Ora porque não haveriam os criminosos e corruptos nacionais de usufruir também de tão aprazível e condescendente clima penal? O que se vai sabendo da recente operação "Face Oculta" dá uma ideia da quantidade de gente fina (empresários, políticos, gestores públicos…) que tem enriquecido à sombra da estranha (?) inacção de governos e AR no combate à corrupção. Todos os dias se conhecem novos braços do polvo: REN, REFER, CP, EDP, GALP, Estradas de Portugal, Carris, CTT, IDD, EMEF, Portos de Setúbal, Estaleiros de Viana, Lisnave, Portucel, autarquias… O país tresanda de alto a baixo; o problema é que uma barrela não interessa a ninguém.

António Pina

JN- 04/11/2009

Imagem:internet

Subscrevo

quarta-feira, novembro 04, 2009

Trovas (Final)


“Quem, neste mundo, amou de mais, terá, no outro, cuidados dobrados.”
Será assim?


Que fulvo nascer do Sol!
Oh! Dia com tanta luz!
Meus braços erguidos pus,
saudando o arrebol.
As aves multicolores
aclamavam mais um dia
com o seu canto à porfia.
E agora os meus amores?

Aceitando o que foi dito,
O cuidado em mim assente
resolvi torná-lo ausente
p’ra fugir ao lar maldito.
Mas pensando na “Senhor”,
ficaram no esquecimento
dos aflitos o lamento.
Vou servi-la inda melhor.

Comparação
Na candeia não há luz
se faltar o alimento.
Mas a chama já reluz
se lhe dermos o sustento.
Comigo se passa assim:
a ardência do inferno
amor despertou em mim:
serei Vosso e sempre terno.

Fym (fim) (conclusão)
Prefiro, Senhora, então
receber todo o castigo
d’inferno. Seria em vão
Vosso amor para comigo.
Já Vos dei meu coração,
onde encontrareis abrigo.
Aí nasceu a paixão
que esquece todo o perigo.


Observação:
Trova em oitava rima e verso de arte real, segundo os esquemas abbacddc nas 13 estrofes; ababcbcd na “comparação” e abab no “fym”.
No poema é evidente a influência de Dante, Santilhana e Diogo Brandão. Muitas poesias de Diogo Brandão foram inseridas por Garcia de Resende no seu Cancioneiro Geral.
Vocabulário:
Senhor (substantivo uniforme)= amo, patrão, dona, senhora
.
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra


Imagem: almadormecida



terça-feira, novembro 03, 2009

Trovas (continuação)





“Quem, neste mundo, amou de mais, terá, no outro, cuidados dobrados”.
Será assim?
Cessou toda a berraria,
montão de vultos disformes
em mim seus olhos enormes
fixaram, estando em sangria.
Um deles, chamado Orfeu,
cantor, músico famoso,
todo o animal furioso
com ele sempre viveu,

ergueu-se e assim falou:
estou a penar aqui,
leis divinas transgredi;
p’r inferno mulher voltou.
No mundo amei Euridice,
subjugando-me a Cupido
de paixão sempre munido;
cometi a mor doidice!

Não pode haver de momento
cá e lá apenas folgança.
Aí, bem-aventurança,
aqui, horrível tormento.
O que custa suportar
é recordação havida
da alegria aí vivida
sem esp’rança de voltar.

Se não queres este viver,
tal rumo abandona já.
A quentura é tanto má
que nos faz muito sofrer,
trespassando-nos de frio,
trazendo aos sentenciados,
eternamente penados,
mui doloroso arrepio.

Olha p´raquelas cavernas,
são cheias de atormentados.
Por amores desvairados
as dores são mais internas,
repara: Dido lá vem.
Foi vítima de Cupido,
bom era não ter nascido.
O amor vingou-se também.

Ouve a minha opinião:
se desejas ser feliz,
usa como directriz
guiar-te pela razão.
Obedecer à vontade
dos nossos cinco sentidos
é para sermos ardidos
por toda a eternidade.

D’instantâneo e chorando,
Orfeu meter-se na bruma
talvez pesaroso, em suma,
do seu antigo desmando.
Fui levado donde vim
sem estar de tudo informado.
Fiquei muito baralhado:
que será agora de mim?
(continua)
Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Imagem:iupui.edu

segunda-feira, novembro 02, 2009

Trovas



“Quem, neste mundo, amou de mais, terá, no outro, cuidados dobrados”.
Será assim?
Era uma noite d’inverno,
do céu a chuva caía,
sibilos da ventania
lembravam gritos d’inferno.
Os males do coração
torturavam minha vida.
Tinha a mente adormecida
ou todo o “eu” em acção?

Ignoram o que aconteceu:
às cavernas fui parar,
Cérbero pôs-se a ladrar,
por sorte a mim não mordeu.
Não ouvi aves canoras,
porém, brados de serpentes;
ouvi choros de inocentes
por suas progenitoras.

Adormecido no antro
o monstro de três goelas,
transpus às apalpadelas
um rio e ouvi longo pranto.
Em vez de rósea manhã
o fogo rompia o escuro;
de enxofre havia um monturo,
donde reinava Satâ.

O que mais me comoveu?
As almas sempre a berrar,
o sofrimento a aumentar
e o fogo nunca cedeu.
Embora atemorizado,
mas num acto de coragem
usei desta linguagem:
porquê tanto condenado?
(Continua)

Agostinho Alves Fardilha(o meu pai)
Coimbra

Foto:iupui.edu

domingo, novembro 01, 2009

Já cheira a magusto!

Ouvem-se os pregões:
"Quentes e boas"


Foto minha

Origem do nome do mês de Novembro


É o décimo primeiro mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 30 dias.

Novembro deve o seu nome à palavra latina novem (nove), dado que era o nono mês do calendário romano.

Pesquisa internet

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