terça-feira, março 30, 2010

domingo, março 28, 2010

Um olhar

Tenho-a à porta, semanalmente. Raramente lá vou, pois não aprecio feiras, embora lhes reconheça   o seu valor histórico e comercial.
De madrugada, ouço o ruído do montar das tendas e de manhã, da janela aprecio a mistura do movimento e do colorido envolvidos pelos diversos sons.

Vista geral

 


"Um cheirinho" da feira


Fotos e slide meus

sexta-feira, março 26, 2010

quarta-feira, março 24, 2010

Pequena amostra da exposição "Sem Rede" de Joana Vasconcelos


Clicar para ler

 

Contaminação(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
(9)

A noiva (feito com tampões o.b)

Spin
Sofá feito com aspirinas
Cama feita com comprimidos valium
Passerelle
Floresta do meu desejo
Cinderela
Burka (1)
(2)
Coração Independente

Néctar
Sr. Vinho

Fotos minhas

segunda-feira, março 22, 2010

domingo, março 21, 2010

Dia Mundial da Poesia e da Árvore


Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!


E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!


Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!


Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!


Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
Foto minha

Um "mimo" Especial!


A Milai, uma amiga especial ,partilhou comigo o aniversário do seu "cantinho".Obrigada!
Visitem-no. Vale a pena!

sábado, março 20, 2010

Chegou!!! Saudemos a Primavera!




Há vida, cor, alegria...e até cheiro.

Foto minha

Novo "look"

Durante a Primavera o blog vestir-se-á de dois tons de verde, associando-se ao renascer da natureza.




Foto: Suzana Fardilha

sexta-feira, março 19, 2010

Dia do Pai



Tradicionalmente a figura paterna simboliza a autoridade, o apoio, o porto seguro e muita vezes o companheirismo.


Deixo aqui um beijo a todos os pais, em particular ao meu, pois ainda tenho o privilégio de o ter presente.

quarta-feira, março 17, 2010

Recordando...







Lembram-se?!


Faz parte da colecção de velharias da minha irmã mais nova.
Voltei aos bancos da escola primária e recordei um igual que existia na secretária da professora e onde nós, um a um, aparávamos os lápis.


Outros tempos!
Boas recordações!

Fotos minhas

segunda-feira, março 15, 2010

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha



Poesia Renascentista


Em homenagem ao escritor quinhentista Francisco de Sá de Miranda, natural de Coimbra.
“Ficamos a dever a Sá de Miranda a introdução, em Portugal, do novo estilo literário(“dolce stil nuovo”), usando as novas formas renascentistas em voga na Itália, onde viveu alguns anos. Mas nunca deixou de cultivar e poetar nos moldes tradicionais, usando a “medida velha”, como se verifica nas “cartas”.
A parte mais original, e por ventura mais interessante, da obra poética de Sá de Miranda é a metrificação em redondilha menor”.
Nas “cartas”, em quintilhas de versos de 7 sílabas, manifesta a sua constante preocupação de fazer moralidade, de ser útil.
Modestamente vou tentar imitar Sá de Miranda, escrevendo, em verso, uma breve carta aos indulgentes leitores dos meus insignificantes escritos.


Carta

Desculpa aos caros leitores,

humilde, quero pedir

e aos indulgentes censores,

por eu lhes diminuir,

o tempo p’ros seus labores.



Para Vós e para mim,

que elogiamos as letras,

serão ócio sem fim,

o bom alimento, enfim,

das mentes, por vezes, pretas.



Mediania dourada,

alegre, opõe-se à riqueza;

é a inimiga ajustada

da ambição. Maior nobreza

do que a vida imaculada?



Evita o explorador

que torna seu o alheio:

das leis não é cumpridor,

revertendo a seu favor

o que furta sem receio.



Feliz era a idade de ouro,

sucedendo-lhe a da prata;

depois, como bravo touro,

a do ferro, que, em bravata,

do mundo fez matadouro.



Como é bom viver no campo!

A ave, fugindo à gaiola,

procura lugar escampo,

aberto e livre de tampo;

medrosa, já cantarola.



Ficam, em geral, no olvido

a tranquila vivência

e o ar puro sempre havido,

da Natureza a essência,

a cura do desvalido.



Livres seríamos nós,

respeitando a “madre antiga”;

não ficaríamos sós,

bastaria a mim e a Vós

como a mãe o filho abriga.



Olhai a simplicidade

d’homem do campo, o vilão,

apagado e sem vaidade.

Ambicioso e mui vão

é o homem da cidade.



Atenção aos lisonjeiros

de que estamos rodeados:

por fora, mansos cordeiros;

por dentro, lobos matreiros.

Ficamos, ora, avisados.



Defendamos a justiça,

que, para ser verdadeira,

jamais acomodadiça,

mas em tudo sempre inteira:

definharia a cobiça!



Pensemos na honra manchada,

que ficará sempre suja.

Vaidade mui disfarçada,

em voga bem praticada,

é a beatice sabuja.



Lembremo-nos como a vida

é fugaz e que a morte

impõe a nossa partida

e nos dá o passaporte

p’ra terra desconhecida.



Será nossa obrigação

honrar os antepassados.

Deram-nos boa lição

sobre o amor ao nosso irmão.

Oxalá sejam lembrados!



Termino. De novo peço

vénia p’ra estas pelejas.

Escrevinhei em excesso.

As palavras, tais cerejas:

como e logo recomeço.




Quintilhas de versos de sete sílabas. Esquema: ababa e abaab e assim sucessivamente, em alternância, toda a sua estrutura.


Vocabulário: pretas= sombrias, melancólicas




Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)



Coimbra



Imagem:internet

sexta-feira, março 12, 2010

Recordando...


Fruto originário das zonas tropicais e subtropicais da América. Acho o maracujazeiro uma trepadeira discreta com suas belas flores e seus frutos de um sabor inconfundível amarelos ou arroxeados, quando maduros.
Aprecio imenso o seu sabor natural, em sumo, gelados, tartes ou misturado numa sangria ou cup de frutas, pois dá-lhe um "toque sofisticado".

Experimentem!


Foto: Zé Fardilha (maracujazeiro com fruto verde)


Foto:Zé Fardilha ( maracujá verde)


Foto : internet (Flor do maracujazeiro)


foto minha (maracujá arroxeado maduro)


Curiosidade: O maracujá também é conhecido como fruto da paixão (passion fruit) devido à sua estrutura floral, que segundo alguns pesquisadores lembra os acontecimentos relativos à crucificação de Cristo.

quarta-feira, março 10, 2010

Momento de Poesia



O dia amanheceu chuvoso.
A natureza chora.
Chora também meu coração.
A saudade
que sua ausência me trás,
Aperta-me o peito.
Sufoca em mim a voz
Que teima em querer
Gritar alto e para todos,
o quanto amo você.
Mas o grito fica retido
No vazio da solidão
Em que me encontro.
Resta-me apenas o consolo
De poder molhar meu rosto
Nas águas da chuva
E misturar minhas lágrimas
Às lágrimas da natureza
Deixando-as, juntas, caírem
Fertilizando o solo que nos sustenta.

(Marisa Nieri)


Foto minha

segunda-feira, março 08, 2010

Dia da Mulher




Elas são as mães:
rompem do inferno, furam a treva,
arrastando
os seus mantos na poeira das estrelas.
Animais sonâmbulos,
dormem nos rios, na raiz do pão.
Na vulva sombria
é onde fazem o lume:
ali têm casa.
Em segredo, escondem
o latir lancinante dos seus cães.
Nos olhos, o relâmpago
negro do frio.
Longamente bebem
o silencio
nas próprias mãos.
O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.
Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.
Despem-se ao espelho
para entrarem
nas águas da sombra.
É quando dançam que todos os caminhos
levam ao mar.
São elas que fabricam o mel,
o aroma do luar,
o branco da rosa.
Quando o galo canta
Desprendem-se
para serem orvalho.


(Eugénio de Andrade)

Foto minha

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