quarta-feira, junho 29, 2011

Um olhar


O lago, espelho esverdeado de um cenário idílico,  esquecido e inexplorado.

Foto minha

segunda-feira, junho 27, 2011

Recordando...


Saciei-me de beleza , paz e liberdade ao serpentear a montanha.

Foto minha

quinta-feira, junho 23, 2011

Um olhar


O mosteiro de Santa Clara reflecte o silêncio das águas calmas do Mondego e espelha a sua ancestralidade.

Foto minha

sábado, junho 18, 2011

Um olhar


O tempo aquenta, os dias medram, as férias avizinham-se e os grelhados ao ar livre, apetecem...

Foto minha

quinta-feira, junho 16, 2011

Um olhar


Um pouco por todo o país deixam a sua marca: a cinza da destruíção, o cheiro da desolação, uma paisagem de sofrimento...

Foto minha

terça-feira, junho 14, 2011

Parabéns


a você
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos  de vida

Hoje é dia de festa 
cantam as nossas almas
para o menino Blog
uma salva de palmas.

Foto minha

domingo, junho 12, 2011

Um olhar


Desci compassadamente as escadas e em cada degrau senti um olhar teu.

Foto minha

quinta-feira, junho 09, 2011

Momento de poesia com Agostinho Fardilha

Domingos dos Reis Quita
(1728-1770)

“ Nasceu em Lisboa em 1728. Filho de um negociante arruinado, teve de seguir o ofício de cabeleireiro, aos 13 anos, para ajudar a sustentar a família. Nos ócios da oficina, tomado de amor pelas letras, lia com entusiasmo, sobretudo Rodrigues Lobo. Começou a ensaiar-se na poesia e adquiriu certa popularidade.
O poeta cabeleireiro frequentava a casa de um amigo, por cuja filha se apaixonou, fazendo dela a sua musa, sob o nome poético de Tirceia. Esta, porém, casou com outro e o pobre Quita desfez-se em poéticas lamentações. O terramoto de 1755 deixou-o sem recursos.  Então Tirceia, já viúva, recolheu-o em sua casa.
Em 1761 Quita tuberculizou. Tirceia, casada segunda vez com um médico, conseguiu que o marido  tratasse da sua cura. Mas o poeta, em 1770, sucumbiu, correndo o rumor que fora o marido quem envenenara o estranho hóspede de sua mulher.
A obra de Quita, vasada nos moldes clássicos, embora ressinta falta de cultura, adquire, por vezes, um tom brando, langoroso e melancólico, que anuncia a nova disposição das almas, que o pré-romantismo dá vida”.

Lembremo-lo com o “idílio”, que se segue.






Idílio

I          
Ó Tágides do rio caudaloso,
ó côncavos rochedos, que guardais
os meus e de Dulcineia meigos ais,
dai-me um coração menos  lutuoso

II

Rústicas e odorantes flores os prados
enfeitam.É a úbere Primavera:
das louçãs pastoras meiga quimera,
pr’os rebanhos pastos de muitos grados.

III

P´ra mim sois desvelo e também receios
d’ela faltar ao combinado encontro.
Vinde depressa assistir ao recontro
dos meus suspiros, lágrimas e anseios.

IV

Algo no meu coração me avisava
que ela algures ficaria retida
e contra sua vontade impedida
de abraçar por quem tanto suspirava.

V

Como as lágrimas dos olhos secar?
Haverá quem suporte esta amargura?
Para a minha dor não encontro cura;
dia p’ra dia aumenta o meu pesar.

VI

Meu amor, o que daria p’ra ver
agora os teus formosos e tristes olhos,
que, de repente, se tornaram abrolhos,
que rasgam a Alma, fazendo-a sofrer?

VII

O pensamento só em ti repousa.
Sou companheiro do céu estrelado;
ainda vivo, mas descontrolado:
não durmo e confortar-me ninguém ousa.

VIII

Soube hoje que teu par noivo arranjou
p’ra ti. Mas as nossas juras de amor
não são perenes? Sofres e a minha dor
p’ro corpo a sepultura já cavou.

IX

Choro quando recordo de, ao sol posto,
ver-te sentada na areia, brincando,
e com a espuma da água molhando,
rindo-te, esse teu belo e alvo rosto.

X

Disseram-me que já enviovaste
e que outro marido, rico, já tens.
Não foste leal, mas presa manténs
quem ainda te ama, e atraiçoaste.

XI

No corpo habita doença mortal.
Meu pecado foi entregar-me a ti.
Valeu a pena pelo que senti!
Sê feliz; perdoo-te todo o mal.


Vocabulário:
lutuoso = triste
grado = gosto
recontro = peleja
abrolho = espinho

Agostinho Alves Fardilha( o meu pai)
Coimbra
 Foto:internet 

segunda-feira, junho 06, 2011

Um olhar


Os Santos Populares, curiosos,  espreitam:
Será que ouvi?
Pareceu-me que apregoavam:
- Olha a  bela sardinha assada!

Foto minha

sexta-feira, junho 03, 2011

quarta-feira, junho 01, 2011

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha





Junho é o mês dos santos populares:
um dos Santos em o nome de António;
nunca (de) João, Pedro e Paulo nos lares
houve ingratidão também. O demónio
ou esbrabeja ou vai p'ro pandemónio.


Vocabulário
pandemónio = lugar onde os demónios se reunem

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

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