Foto minha
(...) Quem alguma vez amou
e quem ainda sente o amor,
sabe que ele é uma ALEGRIA
onde também palpita a dor.
Porque o abraço envolve dois.
Não se pode ABRAÇAR sozinho.
(...) Quanto às pessoas, a sua linguagem
dos abraços é muito multicor.
Porque é INFINITA a criatividade
que um abraço contém.
Por exemplo:
Há os que gostam de se abraçar de verdade,
corpo contra corpo,
e os que gostam de se abraçar,
leve, ao-de-leve, nas pontas dos dedos.
Há os que gostam de se abraçar à distância,
ATRAVÉS DOS OLHOS.
O abraço entre eles é discreto, subtil.
Há abraços tão LONGOS
que conseguem alcançar os céus
e abraços que nos percorrem dos pés à cabeça.
Em certos abraços as mãos ficam inquietas.
Há abraços feitos de sorrisos e de risos
e um abraço que conforta e vence a solidão.
E há abraços de alegria
e também abraços onde receamos
a hora em que teremos de nos separar.
Depois de uma briga, é muito consolador e jamais magoa
aquele abraço de reconciliação onde se recupera a paz.
A luz invade o escuro, a noite procura o dia.
Eis o abraço que envolve os contrários.
Um abraço quando se dança,
um abraço dentro do abraço
e, súbito, o abraço de despedida.
Um abraço carinhoso a desejarmos "boa noite"
e um abraço especial que nos diz "olá"
e aquele que nos fala apenas de "adeus".
O abraço que vem de MUITO LONGE NO TEMPO,
repleto de saudades,
mergulha no nosso coração
e jamais o esqueceremos.