segunda-feira, janeiro 30, 2012

Um olhar com história

Núcleo da cidade muralhada (Coimbra)

Porta de Barbaçã

Na zona mais vulnerável da cidade (entre as portas de Almedina e de Belcouce) foi necessário reforçar a defesa, criando uma segunda cintura - a Barbaçã. A porta, parcialmente enterrada, desenha um arco quebrado típico das fortalezas da época manuelina e sobreviveu até aos nossos dias.


Frente (entrada)
Parte posterior

Fotos minhas

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Um olhar


Foto minha


Viver é como andar numa escada rolante: às vezes subindo outras vezes descendo. Quando encontramos um patamar, paramos para reflectir.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Um olhar






Fotos minhas



Mala de Cartão, insígnia do português!
Legal ou a "salto" ele vai fronteiras fora
de olhos marejados e inquieto a Deus ora
para que chegue ao destino e com rapidez
arranje labor p'ra sacudir a quem ficou
à espera, em Portugal. Sou de provecta idade
e assisti a alguns dramas de infelicidade.
o Governo só queria o que se poupou.
A maioria, essa, adaptou-se muito bem
ao novo estilo de vida. Honrou o país.
Julguei termos erguido, de vez, a cerviz,
mas, quando me disseram que alvitrou alguém
a emigração de jovens, mesmo com cultura,
pasmei. Mas eles, em passos largos, subiram
ao sotão, procurando as malas que serviram
aos avós, outrora, em dolorosa aventura.
Vão ser as reparadas malas de cartão
que, somadas à crise em tudo persistente,
farão do nosso Portugal país descrente,
mais pobre, amorfo e sem fé na renovação.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Um olhar


Foto minha

Flores na janela são beijos de namorados, irradiando amor em poesia.

domingo, janeiro 15, 2012

Momento de poesia com Agostinho Fardilha



Nicolau Tolentino de Almeida

(1740 – 1811)



Do  nosso sec. XVIII a melhor produção em verso é a obra satírica de Nicolau Tolentino de Almeida, no género a mais notável da literatura portuguesa.

Uma parte importante da obra de Tolentino é constituída por memoriais e requerimentos em verso, assim como por poesias de humilde homenagem aos grandes de quem dependia. Mais que uma sátira,a obra de Tolentino é uma ironia impassível,envolvendo o próprio autor que se vê também ironicamente a si mesmo.

 O mais profundo efeito estético que resulta dos seus versos provém de um superior manejo da ironia”.



Recordemo-lo com os sonetos, quartetos e quintilhas que se seguem.

Obs. Respeitei a estrutura ritmíca das composições do Poeta




Sonetos
A – Solução para a crise
Sou pastor e soletro devagar.
Já faço contas a diminuir.
A escrita ainda me faz sorrir.
Mas em breve tudo isto vai mudar:

meus conhecimentos vou apurar.
Farei manada e rebanho a mim vir
e direi que, p’ra termos bons porvir,
comer e beber, mas não esbanjar.

Todos os excrementos deverão ser
aproveitados para no futuro
no país nunca recessão haver.

Enquanto estudo, vós ireis no duro
trabalhar, p’ra comida merecer.
O contrário, estareis em apuro.
                 

B – continuação

Senhor Primeiro Ministro, queria
ser a rendoso cargo pretendente,
porque me considero competente
p’ra ocupar lugar de muita valia.

Possuo cultura e sabedoria.
Prometo em tudo ser-lhe obediente.
Minhas entrevistas, passadas a pente
fino, deixam o povo em agonia.

Bons conselhos e avisos a todos dei.
Farei recuperar as esperanças
nas contas públicas dentro da lei.

Pretendo ser Ministro das Finanças,
seguindo o que até aos brutos ensinei:
poupar, trabalhar e muitas cobranças!


Quartetos
A uma quarentona pretensiosa




És esquelética e de ti beleza
fugiu. O toucado parece ninho
de cegonha. Aí pões adornos teus,
p’ra agradar ao velho e gordo amiguinho.

Lá guardas cabeleira com madeixas,
encobrindo a careca encarquilhada;
p’ro namorado ter onde apalpar,
p’ras ancas escondes postiça camada.


Quintetos


A um peralta corcunda e perneta





Por que queres alterar a obra de Deus?
Por que passar desejas por casquilho?
Jamais na mulhar verás peitos seus,
porque corcova tua é impecilho.
A essa “guloseima” diz adeus.

Cuidado! Não tens “onde cair morto”.
Atrás de ti anda um tropel de gente.
Vives em pardieiro e sem conforto,
Mas não sai dessa cabeça demente
que p’ras damas não és pobre, nem torto.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

Fotos:internet


 

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Um olhar com história

Da antiga Ermida de S.Clemente das Penhas, fundada pelos Franciscanos em 1392, resta-nos a capela da Boa Nova, situada num local isolado, convidando ao recolhimento rodeada por inúmeros rochedos, onde o mar usualmente revolto e ondulado bate a seus pés.





Fotos minhas

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Um olhar


Foto minha



O calceteiro talvez queira contar
os problemas que a vida a ele causou:
altos e baixos como as ondas do mar;
as cores, tristes, como a sorte o marcou.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

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