sábado, dezembro 31, 2011

Mensagem de Ano Novo


Foto minha

" Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. "

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Li e gostei


Foto minha

" Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me devagarinho."
(Mário Quintana)

domingo, dezembro 18, 2011

Um olhar


Foto minha

Quem confia nos políticos?
Faço parte dos que "não".
Melhor será haver críticos,
não se ir em sua "canção".
Será audácia um gato
comprar p'ra minha defesa?
Eles são iguais ao sapo,
que p'ra exibir a lindeza
sua barriga muito incham,
quando os ignorantes trincham.
Mas vou comprar amuleto
que até me guarde esqueleto.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Um olhar


Foto minha

Sonhei que a neve queimava, que o fogo gelava , que me amavas e...

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Momento de poesia com Agostinho Fardilha



Filinto Elísio
(1734 – 1819)

“Filinto Elísio é o pseudónimo de Francisco Manuel do Nascimento. A sua origem é extremamente modesta. Cursa o seminário e ordena-se. Já dos seus tempos de estudante lhe vem o enorme interesse  por Horácio.
Poeta desde cedo, forma a sua academia, que passou a ser designado pelo Grupo da Ribeira das Naus. Os poetas deste Grupo antagonizavam os da Arcádia Lusitana e, por isso, passaram a ser conhecidos pelo nome de “dissidentes”, e, entre estes, os mais notáveis foram precisamente Filinto Elísio e Nicolau Tolentino.
Filinto é fundamentalmente um discípulo de Horácio e daí a ênfase no rigor da construção, na preponderância da Razão sobre o Sentimento; daqui o vernaculismo, a tentativa de dominar a emoção que começava a perturbar as mentes poéticas sensíveis ao Romantismo que emergia no horizonte.
Foi perseguido pela Inquisição, mas, quando os esbirros do Santo Ofício estavam prestes a lançar-lhe as mãos, ele consegue fugir para França.
A França foi o seu lugar de refúgio, com um interregno de quatro anos na Holanda.
A sua Carta a Francisco José Maria de Brito é uma notabilíssima “ Arte Poética” de inspiração horaciana, onde se nota, também, a influência de António Ferreira.
Nenhum poeta, desde Camões, havia feito tantos serviços à língua portuguesa: só por si, Filinto Elísio valeu uma academia e fez mais do que ela”.

Lembremo-lo, então, com os sonetos que se seguem:

I

A língua portuguesa sorveu
do latim e do grego a precisão;
foi de todos o elo de união,
até que a bruta mente a corrompeu.


A mãos facinorosas ela cedeu:
o enleio godo-árabe, seu bordão,
desfeiou a lusa fala e, então,
durante séculos adormeceu.


Mas reis João Segundo e Manuel
protegeram da língua a elegância,
que foi dos Romanos e agora nossa.


De limos a despiram com cinzel
e aromatizaram-na com fragrância,
que dela jamais alguém fará troça.



II

Abandonem já o torrão natal
os que rejeitam eloquentes sábios
e atafulham, alegres, da boca os lábios
com migalhas estranjas e em caudal.


Na velha Europa há dourado metal:
ilustres bispos que incutem ressábios
em nobres e até em muitos seres não ábios;
damas p’ra quem Musas são um rosal.


Oh! Quem me dera ver a Pátria minha
desejosa de saber como outrora,
quando Camões destruiu as fronteiras


que escondiam as belezas da rainha
do Lácio e o templo onde Apolo mora.
Ora preferem línguas estrangeiras!


III

Quão bela é a língua sem retalhos,
nem bastardias como a portuguesa.
Lucrécio pedia subtileza,
Vénia p’ra latina, sem gasalhos.


A porca modernice e os enxovalhos
lançaram a fala lusa p’ra baixeza.
Imitámos franceses com certeza.
Porém, eles nem todos eram letrados.


Consideras sublime a concisão;
na construção da frase, que rigor!
P’ra ti, Razão domina o Sentimento.


Vernaculismo e novos termos são
tua preocupação e fervor.
Filinto, parabéns ao teu talento.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra



Foto:internet

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Um olhar



Fotos minhas

Destruíção, dor, morte,desestruturação familiar, a humanidade contra a humanidade.

Será que a história é escrita em palcos cujos cenários são de horror?!

terça-feira, dezembro 06, 2011

Pelos caminhos de Portugal...

Ponte e Torre Fortificada de Ucanha


Esta ponte fortificada constituía a entrada monumental no couto do Mosteiro de Salzedas A torre servia de cobragem, defesa e armanezamento de produtos. A função militar era secundária, não existindo ameias no topo.
A sua existência já vem documentada no século XII. D. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva de Egas Moniz, Teresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território de Ucanha.
A ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de uma estrada que passava ali perto. A torre, tem  porta de acesso bem acima do nível do chão e foi mandada construir por D. Fernando, abade de Salzedas, em 1465.
A ponte une duas freguesias, Ucanha e Gouviães, e estende-se sobre o rio Varosa.

















Fotos minhas

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha



Dezembro, mês da Senhora do Ó
e do nascimento do Deus - Menino;
zagais entoam de júbilo um hino
e o mundo pecador não fica só,
mas, como Ele é o Príncipe da paz,
bem duradoira a quer entre as nações;
rasguemos já os nossos corações,
onde ficará sempre o que Ele traz.


Vocabulário
zagal = pastor

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra


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