quarta-feira, julho 15, 2009

Momento de Poesia


Solidão

Entre a tristeza
e a saudade

um vago pátio interior
onde flutua

mansamente nos olhos
e ao fluir dos lábios

a solidão dos dias
sem ternura

Maria Teresa Horta (1977)

Imagem:internet

11 comentários:

~*Rebeca*~ disse...

O Néctar da Flor oferece um selo DIGA NÃO AO PLÁGIO! Somos originas, porque somos únicos. Cada ser um humano tem uma emoção individual. Por mais que as palavras e os pensamentos sejam parecidos, não temos o direito de pegar algo de alguém e dizer que é nosso. Não podemos trocar palavras e rasurar o sentir do próximo. Encontramos inspiração em alguém, na natureza, na vida, mas não temos o direito de copiar sentimentos. Inspiração é uma coisa, xerocar palavras alheias é outra.



Beijos jogados no ar, sempre!



-

mfc disse...

A ausência de ternura magoa.

~*Rebeca*~ disse...

Elisa,

Esse alerta é uma causa que devemos abraçar. Amei seu apoio e seu carinho.

Você é uma amiga muito, mas muito querida por mim.

Beijo grande, menina linda.

Rebeca

-

Maria disse...

A solidão...uma terrível realidade!

Bjs.

Paula Raposo disse...

Belo o poema! Tão real e palpável como a dor da saudade...beijinhos.

Just Me...S disse...

Lindo este poema. Desculpa a ausência querida, mas no trabalho é complicado ir à net e em casa o tempo escasseia.

Beijocas doces

Anónimo disse...

É tudo relativo!Neste momento ao ler o lindo poema da solidão, senti nostalgia .
Há dias e dias. Porém quando a onda da solidão flutua no nosso intímo, deveríamos estar de alerta e recordar o que se passou connosco:
Quantas vezes quis gritar e sufocar o pranto?
Quantas vezes sorri para disfarçar uma lágrima teimosa?
Quantas vezes desejei apenas um beijo e fiquei com a boca seca esperando o que não veio?
Mas venci tudo. Então vou em frente e pensar que sou uma pessoa normalíssima e por isso tenho momentos de tudo.
Saudades, quem as não tem?
«As saudades das pessoas e coisas
boas, que nos ficaram na memória do coração devem robustecer-nos e não travar-nos»
«Recordar o passado só interessa para vivermos melhor o presente, abertos ao futuro.Num jardim, os botões são belos porque contêm a promessa de rosas que estão prestes a nascer»
Já tinha lido esta mensagem e recordei-a com muito carinho, pois quem a escreveu é muito sabedor da fragilidade do ser humano.
A solidão é um facto real e muito triste, porém demos-lhe a volta.
A tristeza também é real e triste,porém demos-lhe a volta.
É muito fácil falar, mas o que é certo é que os conselhos dos outros são boas terapias também.
Recordo Madre Teresa de Calcutá:
-Não devemos permitir que alguém se afaste de nós sem sentir-se melhor e mais feliz»
Recordo Santa Teresinha.que quando notava tristeza nalguma noviça dizia:
-Vamos! corra a fazer alguma obra de caridade.
Peço desculpa, mas reconheço que me alonguei.O poema encontrou-me neste estado de espírito!...
Estão a ver como queremos sempre deitar culpa para outro...

peciscas disse...

Conheço a poesia da Teresa-Horta, desde os meus 17 anos, ainda ela não era conhecida do chamado "grande público literário", sobretudo através do também poeta (e jornalista) Eduardo Guerra Carneiro seu e meu amigo, que então iniciava a sua carreira literária, ali para os lados de Vila Real, onde vivíamos.
Esta poeta sabe interpretar muito bem a ausência de afectos, as vidas descoloridas, a frustração da falta de horizontes.

MARIPA disse...

Olá,Lisa!

Solidão e tristeza abraçadas nos dias sem ternura.

Sensível e real ,este belo poema de M.Teresa Horta.

Beijinho.

Ana Zuzarte disse...

Olá Elisa
Simplesmente fantástico, este momento de poesia
Bjs
Ana

Mary C.M. disse...

Olá Elisa, vim agradecer sua visita e comentário, e não vou sem dizer quanto gostei desta imagem e do momento de poesia...até uma lágrima saltou dos meus olhos... quanto se diz em tão poucas palavras.
Bjs

ShareThis