quinta-feira, agosto 13, 2009

Momento de Poesia



Delírio


Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frémitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...


Olavo Bilac

6 comentários:

Paula Raposo disse...

Adoro este poema! Beijos.

Zé Al disse...

Bonito poema!Mas fez-me lembrar uma música um pouco para a malandrice que na tropa cantávas-mos.Os versos já não me lembro muito bem ,mas era com o mesmo sentido!Como dizia o Raúl Solnado "MALANDRICE"!

artes_romao disse...

boa tarde,td bem?
mas k novidades fantásticas...
como sempre, estás em grande.
em relação a essa situaçao em que se encontra esse lago...
é k é de lamentar,sim...:(
fica bem,jinhos***

fatima disse...

AMOR AMOR... um DELÍRIO....realmente é....acho difícil conseguir continuadamente esse delírio....porque as pessoas agora não mostram a sua alma. Gostava de DELIRAR,mas infelizmente já não acredito em ninguém.bj Fátima

peciscas disse...

Não há que perdoar nem eu sou moralista.
E, perante um apelo desses, só há que obedecer...

mfc disse...

Para ler com os olhos fechados e com os outros 4 sentidos bem acesos!

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