quarta-feira, junho 01, 2016

Sintonia entre olhar e poesia





Numa das minhas viagens ,
no teleférico andar resolvi.
Tão belo panorama sem rival:
aquele azul cristalino eu o vi
nas águas calmas aos pés da Cidade;
sempre o recordarei com saudade.
E a escorregar dos montes o casario?
de noite, igual Presépio luzidio!


II

Este passeio levou-me a pensar
como é a existência do humano ser:
sempre melhor êxito desejar
e em nenhuma coisa admitir descer.
É melhor devagar querer subir
e do alto da vida poder sorrir,
porque o trabalho honesto a pena valeu
e juros de felicidade redeu.

Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra
11/5/1926 a 23/4 2015

19 comentários:

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Uma bela sintonia, gostei deste belo poema minha amiga.
Continuação de uma boa semana.

chica disse...

Maravilha de poesia do teu pai e perfeita tua foto! Sintonia DEZ! beijos, chica, lindo dia!

Manu disse...

Como bem escreveu o teu pai é melhor subir que descer, aliás o resto do poema é lindo.
A foto está maravilhosa, o céu bem azul deu uma tonalidade fantástica ao teu click.

Beijos Elisa

Bella disse...

Hum para quem tem medo de alturas o teleférico não é opção eheh.
bjs

Ana Freire disse...

Adorei o poema!... Mostra tão bem, implicitamente, a tentação das pessoas poderem descer... embora nunca o admitindo... pois sabe sempre tão bem estar por cima de tudo e de todos... visando o exito, a qualquer preço...
Adorei sobretudo a segunda parte... encerrando uma lição e forma de estar na vida, muito bonitas e honestas!
A imagem... em perfeita e irrepreensível sintonia!... Admiráveis as tonalidades, enquadramentos, luminosidade e alegria que nos transmite!...
Beijinhos, Elisa! Continuação de uma boa semana
Ana

Cidália Ferreira disse...

Um viajar sobre emoções e pensamentos. Gostei

Beijo e um dia feliz.
(também, para as suas crianças se for o caso)

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Os olhares da Gracinha! disse...

Saudades de um poeta que será sempre eterno!
Adorei...bj

Remus disse...

Não sei, não!
O cabo parece ser tão fino... Acho que não me apanhavam numa coisa dessas. Nem dentro, nem por baixo.
:-P

Mas será que à Elisa apanharam? Será que andou no teleférico?
Pelo menos fotografa-lo eu sei que fez. Mas o resto...
:-P

O meu pensamento viaja disse...

Estou em casa, amiga!
Que belas imagens e que palavras perfeitas do nosso poeta.
Beijinhos

Liliane de Paula disse...

Onde é esse teleférico.
Sou medrosa mas encaro esse passeio.

Lete disse...

Elisa, olá!
Gosto muito da forma doce e ternurenta com que recorda o seu pai. Todos os meses partilha um pouco desses momentos, connosco. Um grande e consciente poeta que era!
Adorei o poema e a imagem que tão bem o ilustra. Obrigada, beijinho carinhoso!

Lete disse...

Ah, já agora: é o teleférico do jardim zoológico, não é? :)
Já por lá andei e muito!

Emília Pinto disse...

Grande verdade, Lisa! A vida tem altos e baixos, mas se a soubermos levar com trabalho honesto e respeito pelis outros com certeza que mesmo em baixo , estaremos rerenos , com um sorriso nos lábios; soubemos subir devagarinho, sem atropelar ninguém, descemos quando a isso fomos forçados, mas o prazer do dever cumprido com honestidade fará com que nos sintamos felizes no alto da vida. Gostei muito, Lisa e o teu pai era muito sábio. Bom fim de semana, amiga. Beijinhos
Emilia
;

Teresa Isabel Silva disse...

Adoro estes momentos de poesia!

Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

Maria Dos Anjos disse...

Lindo de se ler!!

Bom final de semana
Beijinhos
Hoje um poema de um amigo, visite. Obrigada.

http://quadrasepensamentos.blogspot.pt/

Anete disse...

Não sei onde tem mais beleza, se no poema ou na foto! Fiquei maravilhada!!
Beijinhos e obrigada pelas visitas no Ciranda de Frases... Talvez goste de conhecer o Vida & Plenitude/ o post Uma Reflexão/dia 25/maio...
Com carinho...

aluap disse...

Eu, ao contrário do seu pai, no teleférico ainda não resolvi andar.

Beijinhos.

redonda disse...

Gostei do poema e da fotografia (nunca andei num teleférico assim)

Ailime disse...

Uma foto e poema de excelência!
Beijinhos,
Ailime

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