Da minha aldeia
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo.
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro
Foto minha
10 comentários:
Gosto muito deste texto e a foto é simplesmente bela! Bjs
Olá, amiga Elisa
Concordo com Alberto Caeiro. A grandeza e a beleza da nossa terra, depende sempre do nosso olhar.
Gostei bastante, tanto do poema como da foto. Brilhante!
Deixo os meus votos de um feliz fim de semana.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Muito lindo,Elisa! beijos, chica
Uma boa escolha, é sempre um prazer ler Alberto Caeiro.
As palavras estão mesmo a condizer com a bonita foto.
Bom fim de semana.
Beijinhos Elisa
Uma aldeia muito pitoresca.
Tal como a Manu diz, o texto condiz com a fotografia.
Linda imagem e partilha com este olhar maior que o mundo.
Feliz fim de semana Elisa.
Bjs e paz amiga.
Boa noite Elisa,
Uma foto extraordinária com o poema de Alberto Caeiro em total sintonia.
Um beijinho,
Emília
"Eu sou do tamanho do que vejo".
Só o grande Fernando Pessoa consegue dizer tanto com tão poucas palavras.
Excelente escolha poética.
Tal como a foto, bem adequada ao poema.
Boa semana querida amiga Lisa.
Um beijo.
É uma aldeia cheia de encanto, assim vestida de outono e rodeada de verde, o que é de aproveitar enquanto os incêndios ainda não dão com este lugar.
Bela aldeia de xisto.
Gosto do texto e adoro o olhar!!! 😘
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