Quando um homem quiser
Tu que dormes a noite na calçada de
relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos
de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do
sentimento
És meu irmão amigo
'És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do
ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos
de lume
E sofres o Natal da solidão sem um
queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a
amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre
da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos
para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de
luar
E mentes ao teu filho por não os poderes
comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que
eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo -
rei
Pões um sabor amargo em cada doce
que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser~
Natal é quando nasce uma vida a
amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre
da Mulher
Ary dos Santos
Foto minha
7 comentários:
Olá, querida amiga Elisa!
Tenho visto muitos dormindo nas calçadas... uma tristeza imensa.
Drogados, na maioria das vezes.
Uma lástima imensa.
Seja pelo qual motivo for, é um ser humano que está ao relento e estará até no Natal
Deus se apiede da humanidade desprezada.
Tenha a nova semana abençoada!
Beijinhos
Um olhar que entristece.
Ary dos Santos, grande poeta.
Bjos
Olá.
Um belo poema onde se para para se solhar os invisíveis.
Poema lindo e pode mesmo ser em qualquer dia e mês o Natal.Basta querer... Foto que mostra a tristeza da realidade! beijos, chica
Uma dor na alma! Bjs
Uma foto que é uma realidade cada vez mais comum.
Triste muito triste!
Gostei do poema.
Beijinhos Elisa
Pois...
Sem palavras.
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