segunda-feira, setembro 14, 2009

Esparsa


Fui à praia para ver
os contornos do teu corpo.
Entrei na água com prazer,
de lá vim em desconforto.
Pintaste, sem eu saber,
as pernas: que feio horto!
Ouve , amiga, irás ter
passagem grátis pr’o porto
d’inferno e aí vais dizer
que tudo cá anda torto.

(esparsa em décima, de verso de arte real- redondilha maior- , segundo o esquema abab abab ab)

Vocabulário
Torto= errado


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

14 comentários:

Carla disse...

Oi Elisa tudo bem contigo? Sei que é injusto perguntar isto, especialmente eu que fico ausente imenso tempo, mas tenho estranhado a sua ausencia e fiquei preocupada e se calhar esta de férias e eu perdi mais uma entrada sua.......Beijo

Paula Raposo disse...

Que delícia! Adorei. Beijos.

Anónimo disse...

Bela estrutura poética da cantiga medieval palaciana.

Parabéns.

mfc disse...

A exigência permanente da forma sem esquecer a substância.

Adelaide Mesquita disse...

Obrigada Elisa pela visita.
Gostei e o seu Pai escreve muito bem
Beijinhos e boa semana

~*Rebeca*~ disse...

Elisa linda,

Toda vez que você posta algo do seu pai meu coração emociona. Sei o que significa palavras daqueles que temos como referência desde a hora que nascemos. Um poeta nato que fez, de uma filha querida, uma mulher cheia de encanto.

Beijo imenso, menina linda.

Rebeca

-

Ana Zuzarte disse...

OLá Amiga
O teu pai escreve lindamente, eu adoro.
Então conta coisas...
Queremos ver a reportagem fotografica.
Bjs
Ana

Zé Al disse...

Muito sastifeito por estar de volta,já estava preocupado,mas vejo que ausência valeu apena e isso é que interessa!
Sastifeito também por ler mais um poema de seu pai o qual já notava também uma grande ausência!
Como sabe adoro a sua poesia!
Beijos Zé Al

Anónimo disse...

É na verdade um poema, ou seja, mais um poema do teu pai escrito com beleza, correcção e verdade de factos.
A propósito de encontros e da decepção do« apaixonado » que digo:
«A vida é a arte do encontro, embora haja muitos desencontros»
Hoje porém fica registado o nosso casual encontro seguido dum almoço no S. Rosendo.
Interessante a coincidência de factos.
Mais uma vez apresento os meus parabéns ao teu querido e ilustre pai. Faço votos para que continue, pois a poesia alimenta-nos e ajuda-nos a «vaguear» pelo mundo do outro.
Parabéns Sr. Agostinho!

Lilá(s) disse...

Que beleza de poema! e então a imagem que o acompanha! maravilha.
bjs

Laurita disse...

Olá Amiga, lindo poema do seu pai. Agora sei de onde vem essa veia poética. Adorei a foto é realmente uma maravilha. Beijócas boa semaninha.

MARIPA disse...

Que delícia de momento de poesia!

A fotografia,tão interessante, a relembrar-me tempos passados...

Beijinho,Lisa e bem haja pela partilha.

Parabéns ao Pai.

Persida Silva disse...

Olá amiga, pois é, o tempo está me faltando muito mas ; vamos dando geito...agradeço pela simpatia.
Abraços
@rtisticamente
Persida Silva

Anónimo disse...

Ola Mona, como vai?
Espero que bem :)
Vim te visitar e agradecer os comentarios semrpe tao queridos que vc me deixa. Um gde beijinho e volte sempre.

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