segunda-feira, janeiro 09, 2012

Um olhar


Foto minha



O calceteiro talvez queira contar
os problemas que a vida a ele causou:
altos e baixos como as ondas do mar;
as cores, tristes, como a sorte o marcou.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

14 comentários:

Anónimo disse...

O ondular da vida ,soberbamente ilustrado e legendado pela dupla de luxo.

Abraço.

AA.

Isabel disse...

Foto e poema em sintonia.

Parabéns à dupla.

Bjs.

mfc disse...

Uma foto excelente, sublinhada por interpretação poética preocupada e inteligente.

O meu pensamento viaja disse...

Querida Mona Lisa, obrigada pelo teu comentário. Acho que estamos sempre a tempo de colorir o nosso serão com a realização de uma manta como esta. Mãos à obra!

A foto é linda. É este o padrão do Calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, uma obra prima da calçada à portuguesa.
O poema é lindo, puro e musical.

Verifico que, embora nos visitemos, não nos seguimos.
Por mim, vou retificar a situação e serei a seguidora nº 193.
Se te agradar o meu espaço, instala-te. Serás muito bem vinda.
Beijo

Emília Pinto disse...

E esse calceteiro se fosse fazer uma outra calçada, não lhe mudaria nem as cores nem o desenho; é que a vida é sempre a mesma, com altos e baixos e cada vez mais triste; por mais que queiramos mudar essa sensação de desânimo não somos capazes, pois as notícias, os jornais e as conversas rondam sempre sobre a situação lastimável do nosso país. Bela foto e belos versos. Parabéns aos dois. Um beijinho, Lisa1
Emília

Lídia Borges disse...

Sublime esta associação a imagem à palavra escrita.


Um beijo

Custódia C. disse...

É tão linda a nossa calçada, aqui cantada de forma igualmente triste e bela ...

Irene Alves disse...

É uma arte que eu admiro. Parece
que já há poucos neste profissão.
Mas fazem trabalhos maravilhosos.
Uma sintonia entre a imagem e
as palavras.
Beijinho
Irene

Irene Alves disse...

É uma arte que eu admiro. Parece
que já há poucos neste profissão.
Mas fazem trabalhos maravilhosos.
Uma sintonia entre a imagem e
as palavras.
Beijinho
Irene

Rita disse...

Olá!
Adoro calçada portuguesa!
Muito a propósito a bonita quadra do papá Fardilha.

Bj aos dois

O meu pensamento viaja disse...

Obrigada pelo comentário, amiga.
Tem uma boa noite.
Beijo

lis disse...

Linda calçada e aqui temos esssa herança portuguesa por onde andamos!
uma obra de arte!

Anónimo disse...

Imagino quantas vezes o calceteiro parou e ficou sem vontade nenhuma de continuar o seu trabalho.
Trabalhando com a preocupação de alinhar e desalinhar os paralelos ,ora com altos e baixos ,muitas vezes pensaria se valeria a pena continuar com este jogo de cores.

A vida , a sua vida, igual a tantas outras, mas que com tanto peso de responsabilidade,que em cada paralelo que colocava se interrogava sobre a sua sorte.

A vida sem cor não é vida.
A vida é como alguém já o disse:
é como o mar com várias marés...

Mas talvez este calceteiro tivesse chegado à conclusão de que valeria a pena ter passado os seus trabalhos, os seus sérios problemas, para que

Todos pudessem passar nesta calçada, ora correndo, ora saltando, ora rezando, ora chorando.

A vida não é um misto de tristezas e alegrias?

Presto a minha homenagem ao calceteiro.
Agradeço a quem teve sensibilidade para escrever sobre esta arte que tanto está esquecida !

Um abraço de agradecimento pelo trabalho apresentado.

Parabéns poeta!
Parabéns Elisa!

Pérola disse...

Ora aqui está uma bela harmonia entre a fotografia e a quadra.
Sempre presente a sabedoria devida que tem o paizinho.
Um verdadeiro Mestre!
Um beijinho aos dois!

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