segunda-feira, dezembro 13, 2010

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha



Poesia do Século XVII

A Poesia Lírica Cultista e Conceptista

O cancioneiro barroco: a” Fénix Renascida” e o” Postilhão de Apolo”

Chegamos ao fim da” viagem” com o poeta

Jerónimo Baía



Ao Menino Jesus

Adão e Eva pecaram,
desobedecendo a Deus;
os males, incluindo os meus,
ao Pai Eterno rogaram


que tivesse piedade
dos Seus filhos penitentes,
de maldades sempre utentes.
Ele ouviu a Humanidade.


Resolveu gerar um Filho
numa Virgem imaculada,
desde sempre consagrada
a Deus com todo o Seu brilho.


Neste mundo ficará
enquanto aqui vida houver.
A Hóstia, como esmoler,
no Sacrário estará.


Já na infância a todos deu
bênção e amor infinito.
Fez amizades n’Egipto,
onde alguns anos viveu.


Ajudava o pai terreno
na arte de carpinteiro;
e gravava no madeiro
a missão do Nazareno.


Morto Herodes, regressou
com os Pais a Nazaré.
Sua vida ignorad’é:
mas futuro preparou.


É tempo de catequese:
lá vai Ele p’la Judeia;
os atalhos calcorreia,
buscando quem O despreze.


Jesus, p’ra te conhecer
tenho de olhar para dentro
de mim. Se estiveres no centro,
Contigo passo a viver.


Inveja e ódio à morte
Te condenaram. Mas ela
tu derrubaste qual vela
desfeita p’lo vento Norte.


Meu Deus- Menino és do Padre
Trino obra divina e humana,
fizeste uma Caravana,
cujo guia é tua Madre.


Diáfano Lampadário,
és farol das nossas vidas.
Com doçura nos convidas
a seguir o Teu calvário.




Vocabulário:

brilho=esplendor
esmoler=dádiva
caravana=Igreja




Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Recordando o Bazar Egípcio (Istambul/ Turquia)

Este Bazar foi construído no século XVII para fazer parte do conjunto da Mesquita Nova, em frente ao Bósforo.
O Bazar Egípcio também é conhecido como Bazar das Especiarias, porque durante vários séculos foi esta a principal mercadoria ali vendida.


Fotos minhas

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Escada Em Caracol



É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe.
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.

David Mourão Ferreira

Foto minha

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Um olhar




Finalmente o povo português convenceu-se que a CRISE bateu à porta de alguns milhões de "infelizes". Mas ela envolveu até as desprotegidas avezinhas. De olhar atento fixo nas janelas esperam que algum ser humano - geralmente uma velhinha - lhes lance umas migalhas de pão, que ficaram na humilde toalha de mesa.
Este triste "fado", com raras excepções, perseguiu sempre o Portugal de D. Afonso Henriques.


Fotos minhas

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Um olhar

Indiferente à crise, a autarquia continua a esbanjar, iluminando a cidade, em detrimento do essencial.


Fotos minhas

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Momento de Poesia com Agostinho Fardilha



Décimo mês dos tempos idos
e, actualmente, o décimo segundo;
zangam-se as gentes peninsulares a fundo
e Portugal foge aos bandidos;
mas olhemos para a agricultura:
bonitas árvores se vão plantar,
rasga-se a terra com brandura
onde haverá flores de bom cheirar.


Agostinho Alves Fardilha (o meu pai)
Coimbra

segunda-feira, novembro 29, 2010

Recordando Pamukkale ( Turquia )

Visto à distância, o panorama lembra um manto de algodão. Daí o seu nome "Pamukkale" que traduzido significa "Castelo de Algodão".
Obra da natureza, várias nascentes de águas quentes e calcárias formaram piscinas com os seus sedimentos.

Deixo-vos aqui um pouquinho da sua beleza.



Fotos minhas

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